Advento: acolhida e esperança (Mt 17,10-13)
13 de dezembro de 2014Escutar como José (Mt 1,18-24)
18 de dezembro de 2014Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi.
Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido mulher de Urias. Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. Assim, as gerações desde Abraão até Davi são catorze; de Davi até o exílio na Babilônia catorze; e do exílio na Babilônia até Cristo, catorze.
Conforme os estudiosos, o evangelho de Mateus deve ter sido escrito entre os anos 80 e 90. Ao ler e reler este trecho que abre o relato da vida de Jesus, o qual o evangelista sentia necessidade de registrar, fiquei pensando no seu sentimento. Após tantos anos da morte do Senhor, a força de sua vida, revigorada pela ressurreição, ainda pulsava forte na comunidade de fiéis que se encontravam com frequência para celebrar a partilha do pão, relembrar os feitos do Mestre e compartilhar sua presença na vida de cada um.
Percebo que, com este início, o evangelista exalta a importância da história do povo. É a história que Jesus veio abraçar, para se tornar um de nós. Jesus, o Cristo, não surgiu de repente entre nós, mas, pelo contrário, entra no curso natural da história para dar a ela novo significado, nova motivação.
Na minha oração, percebo o desejo crescente do evangelista de que todas as gerações futuras soubessem que Deus olhou para seu povo e entrou em sua história, fazendo-se um de nós e exaltando a humanidade, pois quis depender de uma mulher para que isso se cumprisse.
Na sequência de gerações que precederam a Jesus, há muita história: um povo que conheceu seu apogeu no reinado de Davi e Salomão e que também chegou ao fundo do poço, durante o exílio na Babilônia.
Vivendo este período do advento, podemos também compartilhar desta experiência do evangelista.
Fiquei pensando que, ao preparar para celebrar o Natal do Senhor, estamos festejando, ou devíamos festejar o dia em que Jesus nasceu em nossas vidas, o dia em que Ele se encarnou em nossa história.
Como fez o evangelista, poderíamos também narrar, para nós mesmos, como se deu a entrada de Jesus em nossa história. Como o acolhemos.
Cristo se encarna em nossa história assumindo tudo que vivenciamos, nossos altos, nossas vitórias e também nossas quedas e fracassos, quando nos sentimos um lixo. A tudo isso Ele dá novo significado.
Penso que o convite da oração de hoje é olhar para a nossa história, perceber onde Jesus entra e deixar que Ele tome parte. Preparar em nós um espaço para que o Natal seja de imensa alegria, percebendo o nascimento desse amor que nos revigora e contagia. Amor que se traduz na entrega, no serviço e na fraternidade universal.
Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, acompanha-nos nesta caminhada, ajuda-nos a responder com teu sim e, pela força do Espírito Santo, a gerar continuamente, em nossa história, o nascimento de Cristo. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG