Uma grande família
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24 de novembro de 2014Leitura: Lc 20, 27-40
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: ‘Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela.’ Jesus respondeu aos saduceus: ‘Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele.’ Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: ‘Mestre, tu falaste muito bem.’ E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.
Oração:
Na oração de hoje, convém reparar nos questionadores: quem pergunta sobre a vida vindoura é gente que não cria nela. Estão “preocupados” com os desdobramentos desta vida na vida que vem, mas, em verdade, não creem.
Olho para mim e me pergunto: quanto tempo eu perco me enrolando com questionamentos mirabolantes? Quantas vezes me deixo guiar por teorias que me distraem com raciocínios inúteis? Quantas vezes não sou como os saduceus, que perguntam não pelo interesse sincero na verdade, mas para disfarçar a falta de fé?
Sinto que, na oração, Deus também vai comigo logo à verdade. Sem demorar muito em revelar que eu tantas vezes estou em discussões sem sentido, Ele revela logo o que deve ocupar meu pensamento: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”.
Quanto tempo perdido em imaginar o que ocorrerá às pessoas… Quanto tempo perdido tentando amedrontá-las, chamando isso de conversão… Quanto tempo perdido sendo juízes dos outros e chamando isso de evangelização…
“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. Que isso ressoe sempre em nossa mente e coração. Que esse seja nosso crivo para eleger a forma de viver, os assuntos de fé a focar, a forma de revelar Deus ao mundo.
“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. Que isso não me deixe esquecer que cremos na comunhão dos santos. Que isso não me deixe esquecer que cremos na ressurreição dos mortos.
“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. Que isso me ajude a não separar esta vida da vida que vem. Que isso me ajude a reconhecer que o Reino não é só destino, mas também construção e transporte. Que isso me ajude a viver com a humildade e a alegria de quem sabe que a vida não é prêmio, mas presente do Pai.
João Gustavo H. M. Fonseca – estudante de Direito da UFMG – membro da Família Missionária Verbum Dei