“Façam tudo para entrar pela porta estreita…”
26 de outubro de 2016Escolheu doze deles (Lucas 6,12-19)
28 de outubro de 2016Lucas 13,31-35
Naquele momento alguns fariseus chegaram perto de Jesus e disseram:
_ Vá embora daqui porque Herodes quer matá-lo.
Jesus respondeu:
_ Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: “Hoje e amanhã eu estarei expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.”
E Jesus continuou:
_ Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto fora de Jerusalém.
_ Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo de suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada. Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o tempo em que dirão: “Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!”
Jesus nos dá sinais da sua fidelidade a Deus. Apesar da ameaça que sofria, por parte de Herodes, não se deixou abater. Não se acovardou. Pelo contrário, se mostrou decidido a realizar tudo o que o Pai o destinou a cumprir. “Hoje e amanhã eu estarei expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.”
Consciente do que iria passar, não teve medo. “Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto fora de Jerusalém.”
Mesmo que muitos não o aceitem e queiram matá-lo, apesar de todas as curas que realizou, ainda assim, Jesus aceita e cumpre a ação de passar por Jerusalém.
“Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo de suas asas, mas vocês não quiseram!”
Lendo este trecho imaginava uma mãe que tenta proteger seu filho orientando sobre os perigos do mundo como, por exemplo numa situação em que o jovem sai para a balada e não tem hora para voltar. Com quem estará? Quais perigos estará enfrentando? Em uma situação assim a mãe certamente permanecerá apreensiva até o filho retornar. Ela sofre pelo filho. O filho, por sua vez, acha que a mãe está exagerando e que ele é esperto o suficiente para ir e vir sem os “olhares” da mãe.
Assim também deve ser Jesus ante as nossas vidas. Ele quer nos abraçar, aconchegar-nos em seus braços, porém muitas vezes, agimos como se nada pudesse nos abater, nos sentimos seguros porque temos bens, títulos, emprego. Frequentamos as missas, realizamos orações repetidas. O que poderá me acontecer?
Mas, em alguns momentos das nossas vidas, mesmo cercado de pessoas amigas, amadas, tendo um bom emprego e bens, sentimos uma profunda solidão. Um vazio sem fim. Por que?
“Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada.”
A solidão é resultado da opção feita: viver distante de Jesus. Recusamos o seu abraço. Vivemos os dias sem cultivar o diálogo com Ele, sem sentir seu abraço caloroso. E, por isso, mesmo que Ele queira estar, não conseguirá pois o nosso coração está fechado. É necessário o nosso querer. O desejo de ESTAR JUNTO DE JESUS. Tê-lo como amigo, companheiro no dia-a-dia.
“Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o tempo em que dirão: Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!”
Portanto, que possamos dizer: Jesus, desejo profundamente fortalecer a minha amizade com você. Meu Deus, abençoe aquele que vem em nome do Senhor! Amém!
Norma Parreiras da Silva – Família Missionária Verbum Dei – BH