Mulher, por que choras? A quem procuras?
22 de julho de 2016XVIII Domingo do Tempo Comum – Ano C
24 de julho de 2016Leitura: Mateus 13, 24-30
Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
— O Reino do Céu é como um homem que semeou sementes boas nas suas terras. Certa noite, quando todos estavam dormindo, veio um inimigo, semeou no meio do trigo uma erva ruim, chamada joio, e depois foi embora. Quando as plantas cresceram, e se formaram as espigas, o joio apareceu. Aí os empregados do dono das terras chegaram e disseram: “Patrão, o senhor semeou sementes boas nas suas terras. De onde será que veio este joio?”
— “Foi algum inimigo que fez isso!”, respondeu ele.
— E eles perguntaram: “O senhor quer que a gente arranque o joio?”
— “Não”, respondeu ele, “porque, quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo. Deixem o trigo e o joio crescerem juntos até o tempo da colheita. Então eu direi aos trabalhadores que vão fazer a colheita: ‘Arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes para ser queimado. Depois colham o trigo e ponham no meu depósito.’ ”
Oração:
No caminho de construção do Reino dentro de nós, quantas vezes não pensamos: “Até quando vai haver esse defeito? Até quando essa imperfeição?” Aí, quando pensamos ter superado uma dificuldade, novamente ela lá, como um matinho que já arrancamos e teima em brotar novamente. Pergunto a Deus: “Até quando o mesmo erro? Até quando os mesmos tropeços?” E fico querendo saber o que Ele fará com isso: “Até quando você terá paciência, Deus? Esse deslize já foi demais, não é?”
Hoje, o Pai me fala pelo Filho: “Esperarei até o fim. Não há problema que haja joio se ainda houver trigo. Faça crescer o trigo e eu direi, ao final, o que é joio e o que é trigo. Não se preocupe em garantir que o joio morra, senão pode ser que o trigo fique sem água e morra também. E eu quero que o trigo brote e cresça. Eu o plantei e quero colhê-lo. Importa-me o trigo. Dê-me o trigo”.
Na oração, agradeço a Jesus a parábola. Como é preciso, para ter paciência comigo mesmo e com os outros, ter presente essa ideia de que não se deve arrancar o joio a cada instante! Perceber que a falta de paciência com minhas falhas e com as dos outros é minha e não d’Ele começa a trazer serenidade… Notar que tantas virtudes e tantos vícios caminham juntos faz-me ter cautela e pedir o discernimento para combater os exageros e os extremos sem perder os pontos de equilíbrio. É difícil, mas o Reino é tão bonito que compensa ter paciência! Como é bonito acompanhar as virtudes que crescem em mim e nos meus amigos! Depois de tanta labuta e espera, ver que o trigo aparece e vai nutrir outras vidas!
Jesus, lance em nós a semente da paciência, que nos ajuda a olhar com misericórdia para o joio que cresce no meio do trigo que você cultiva em nós!
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte