O nascimento de Jesus é anunciado (LC 1,26-38)
7 de outubro de 2017“Apenas uma é necessária!”
10 de outubro de 2017Evangelho – L 10,25-37
25Um mestre da Lei
se levantou e, querendo encontrar alguma prova contra Jesus, perguntou:
— Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?
26Jesus respondeu:
— O que é que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? E como é que você entende o que elas dizem?
27O homem respondeu:
— “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente. E ame o seu próximo como você ama a você mesmo.”
28 — A sua resposta está certa! — disse Jesus. — Faça isso e você viverá.
29Porém o mestre da Lei, querendo se desculpar, perguntou:
— Mas quem é o meu próximo?
30Jesus respondeu assim:
— Um homem estava descendo de Jerusalém para Jericó. No caminho alguns ladrões o assaltaram, tiraram a sua roupa, bateram nele e o deixaram quase morto. 31Acontece que um sacerdote estava descendo por aquele mesmo caminho. Quando viu o homem, tratou de passar pelo outro lado da estrada.32Também um levita passou por ali. Olhou e também foi embora pelo outro lado da estrada. 33Mas um samaritano que estava viajando por aquele caminho chegou até ali. Quando viu o homem, ficou com muita pena dele. 34Então chegou perto dele, limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou. Depois disso, o samaritano colocou-o no seu próprio animal e o levou para uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, entregou duas moedas de prata ao dono da pensão, dizendo:
— Tome conta dele. Quando eu passar por aqui na volta, pagarei o que você gastar a mais com ele.
36Então Jesus perguntou ao mestre da Lei:
— Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado?
37— Aquele que o socorreu! — respondeu o mestre da Lei.
E Jesus disse:
— Pois vá e faça a mesma coisa.
Bom dia, Trindade Santa. Bom dia amigos! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!
Quem é o meu próximo? De quem devo me fazer “o próximo”? são perguntas que hoje somos convidados a nos fazer.
A parábola do evangelho de hoje desnuda a hipocrisia dos que se recusam a fazer o bem, mesmo sendo esta a missão por eles abraçada, e revela o quanto de bom pode vir daqueles que julgamos precipitadamente. O samaritano nem refletiu sobre os estereótipos que envolviam sua cultura com a do homem que precisava de ajuda. Simplesmente colocou-se a serviço. Enquanto isso, aqueles que mais pregavam o bem, deram as costas ao ferido.
“Resumo da ópera”: ficamos investigando para saber quem seria o nosso próximo enquanto ele passa por nós sem que percebamos. Nesse sentido, pensemos:
– Quem é o meu próximo hoje, nesta segunda-feira, início da semana. O que ele precisa que eu faça por ele? Descobrir isso e fazer um plano de ação em nossa mente para que possamos diminuir seu “sofrimento”, é nossa tarefa da semana.
Nesse sentido, é interessante perceber que o samaritano não só prestou socorro ao ferido, mas se importou com ele. O verbo “importar”, marcadamente com o prefixo “in, significa “trazer em si; envolver, implicar” (Aurélio). Em outras palavras, importar-se com o outro, é trazer suas demandas para dentro de nós. Qualquer que seja o problema do outro, o que Jesus hoje espera de nós é que nos envolvamos, que nos comprometamos, de fato.
O samaritano deu o suporte necessário para o problema daquele homem ferido fosse definitivamente resolvido. É claro que nem sempre conseguiremos por fim ao sofrimento do outro, mas o simples fato de nos colocarmos à disposição, já é bem significativo. Muitas vezes, atendemos o outro mais para nos livrarmos dele do que propriamente porque nos compadecemos. Não é isso que Jesus nos sugere.
É importante nunca perder de vista que o meu próximo pode ser qualquer pessoa. O que define o nosso próximo é muito mais a situação vivida do que propriamente as relações cotidianas nossas.
Perguntar quem é o nosso próximo nos coloca, também, na situação de nos fazermos próximos. O samaritano, conforme o final do evangelho, tornou-se o próximo do homem ferido. Foi ele quem se aproximou. Portanto, precisamos enxergar aquele que precisa de nós e nos aproximarmos ao invés de esperar que nos peça ajuda, embora o inverso também aconteça. Muitas vezes, aquele que mais precisa de nós é o que menos pede, menos se evidencie e, se não tivermos a sensibilidade para nos colocarmos em prontidão, perderemos a oportunidade de sermos úteis.
Precisamos aprender que quem ajuda ganha sempre muito mais do que aquele que é ajudado, desde que a oferta seja gratuita, claro. A solidariedade é um bem que quanto mais se dá mais se ganha. Nosso coração precisa aprender a se alegrar quando nos sacrificamos por alguém.
Peçamos ao Espírito Santo que ilumine nossa mente ao longo dessa semana para que nos esqueçamos um pouco de nossos problemas, de nosso egoísmo, e consigamos enxergar o nosso próximo naqueles que realmente precisam de nosso apoio e que nem sempre percebemos. Que nos prontifiquemos a ajudar de coração aberto, sem pensar em estereótipos e preconceitos. Que consigamos, verdadeiramente, nos importar com aquele de quem devemos nos fazer próximos.
Amém!
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte