“Eu sou o pão da vida”
4 de agosto de 2024E transfigurou-se diante deles!
6 de agosto de 202405 de agosto, 2ª feira, 18ª Semana do Tempo Comum
Faça silêncio para escutar a Palavra. Aquiete seu coração.
Peça ao Espírito Santo que torne seu coração e sua vida abertos a acolher a Palavra de Deus. Que Ele te guia nesta leitura orante.
Leia o evangelho de Mateus 14,13-21
Leitura: o que o texto diz?
O evangelho nos convida a revisitar a cena da partilha, hoje, sob a perspectiva da comunidade de Mateus. Entrar na cena é fundamental para não perder os detalhes das atitudes de Jesus, que fazem toda a diferença no agir cristão de quem é seu discípulo. Após saber da morte de seu primo João Batista, Jesus decide se distanciar, é preciso viver esse luto, discernir e compreender o caminho da missão. Contudo, coloca de lado sua dor, sua tristeza e tomado por compaixão pela multidão que o seguia, ouve, cuida e propicia uma experiência profunda da presença de Deus no meio do seu povo.
Meditação: o que o texto me diz?
Entrar na cena do evangelho permite a cada leitor se contagiar pela presença de Jesus que é totalmente descentrado, Ele vive em prol da vida sempre à serviço, especialmente dos que mais sofrem e buscam sua cura, atenção, palavra. Não se preocupa com o tempo, é totalmente disponível. Os discípulos parecem se preocupar também com as pessoas que ali estão, provavelmente cansadas e com fome. Contudo, não se corresponsabilizam com a situação, sugerem que Jesus os despeça. Porém Jesus, os surpreende, dizendo: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Ser discípulo de Jesus é não só se sensibilizar, mas também se comprometer em saciar a fome. Dispor do que se tem em favor dos que necessitam. Diz o ditado popular: “o pouco com Deus é muito”, após erguer os olhos para o céu, abençoar os pães e os peixes, os deu aos discípulos para que distribuíssem. A experiência da partilha é beleza que sacia e há sobra. Ninguém retem, todos se alimentam e compartilham. Uma bela lição para os discípulos de Jesus, também hoje.
Oração: o que o texto me faz dizer?
Peça ao Senhor a graça de, como Jesus, ser compassivo e se comprometer em ser as mãos de Deus que promove e defende a vida de todos, especialmente os mais pobres.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Reflita: Você, como Jesus, já “guardou” sua dor ou problemas para cuidar de outras pessoas que necessitam da sua ajuda? Acredita na beleza da partilha? O que tem partilhado durante sua vida? É capaz de ouvir e se comprometer com a convocação de Jesus: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”? Ou como os discípulos, pensa que é sempre do outro a responsabilidade de construir uma nova sociedade, onde não haja fome e injustiças?
Ação: o que posso fazer do texto?
O cardeal José Tolentino de Mendonça fala sobre o evangelho, a força transformadora do encontro com Jesus: “As vidas que Jesus encontrou são vidas transformadas, são vidas que se renovam, que se modificam. Os nossos braços cansados ganham asas, as nossas desilusões transformam-se em sonhos, as nossas dificuldades transformam-se em oportunidades para a fé, as nossas doenças em hipótese de cura, a nossa fome e a nossa sede transformam-se num banquete”.
Faça da nossa vida oportunidade de cura e de “comida”, alimento para a vida dos outros.
Equipe Lectionautas