Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo
3 de janeiro de 2022Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário.
5 de janeiro de 202204 de janeiro, terça-feira, terça-feira depois da Epifania
Evangelho de Marcos 6, 34-44
Leitura: O que o texto diz?
“Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor.” A semana da Epifania é a semana da manifestação de Deus em Jesus. A narrativa do evangelho de hoje nos apresenta Jesus como um profeta que, diante do povo abandonado, tem compaixão, ensina e vivencia com eles a partilha. A condivisão dos pães é um paradigma do agir profético de Jesus, narrado pelos quatro evangelistas. É o mestre que reconhece o que o povo vive, educa o povo a partir do seu ensinamento e, com o povo, promove a transformação da realidade.
Meditação: O que o texto diz para mim?
“Despede o povo…” A reação dos discípulos diante da multidão faminta é de total descompromisso. A lógica do cada um por si é totalmente contrária ao ensinamento de Jesus. Como os discípulos, precisamos aprender que, para o Mestre Jesus, realidade, ensinamento e vivência estão de mãos dadas. ao ensinamento, corresponde a ação. Os pães não se multiplicam como mágica, mas se condividem como expressão da conversão que gera partilha. A ação de Jesus não atinge apenas as coisas, mas transforma as pessoas.
Oração: O que o texto me leva a falar a Deus?
“Dai-lhes vós mesmos de comer.” Peçamos ao Senhor que nos faça parte de seu projeto de amor que é o Reino. Que Ele nos ajude a compreender que o comprometimento com os irmãos é condição necessária para a plena comunhão com Deus. Que as relações econômica não nos escravizem e que nós não sejamos indiferentes ao irmão que carece de pão, de teto e de terra.
Contemplação: O que o texto me leva a experimentar?
“Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães…”. Com Jesus aprendemos a receber, agradecer e partilhar. Essa é a experiência que somos convidados a fazer. Os dons da nossa vida cotidiana devem ser por nós recebidos com abertura de coração; devem ser agradecidos, mesmo que pareçam pouco; devem ser partilhados, para gerar abundância.
Ação: O que o texto me pede para viver no dia-a-dia?
“Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos” . À saciedade de todos, corresponde também a totalidade das 12 cestas que sobraram – as 12 (todas) tribos de Israel; os 12 apóstolos. A Palavra nos impele a ser luz, vivendo a partilha com generosidade de oferecer tudo o que tem para o bem de todos, superando o egoísmo que nos faz calculistas e indiferentes. Temos aí uma forma de superação da crise a partir de uma economia da condivisão ao invés de uma economia da acumulação.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – catequista coordenador diocesano da Catequese na Diocese da Campanha/MG