O medo que aprisiona e o amor que liberta (Mateus 25, 14-30)
30 de agosto de 2014Autoridade de vida (Lc 4,31-37)
2 de setembro de 2014“Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías.
Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos,e para proclamar um ano de graça do Senhor.”
Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Então Jesus começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.”
Todos aprovavam Jesus, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Este não é o filho de José?”
Mas Jesus disse: “Sem dúvida vocês vão repetir para mim o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze tambem aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.”
E acrescentou: “Eu garanto a vocês: nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu lhes digo que havia muitas viúvas em Israel, no tempo do profeta Elias, quando não vinha chuva do céu durante três anos e seis meses, e houve grande fome em toda a região. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, e sim a uma viúva estrangeira, que vivia em Sarepta, na Sidônia. Havia também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu. Apesar disso, nenhum deles foi curado, a não ser o estrangeiro Naamã, que era sírio.”
Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se, e expulsaram Jesus da cidade. E o levaram até o alto do monte, sobre o qual a cidade estava construída, com intenção de lançá-lo no precipício. Mas Jesus, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Jesus foi a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e aí ensinava aos sábados.”
Os mesmos que se admiraram com as palavras de Jesus e deixaram-se tocar por seu encanto, deixaram-se fascinar, foram os que ficaram furiosos e quiseram expulsá-lo.
Em nossa vida de fé, podemos identificar momentos de fascínio por Jesus e, se somos sinceros conosco mesmos, também momentos de fúria, em que nos fechamos à sua Palavra e – conscientes ou não – o expulsamos de nossa vida. Queremos deixá-lo de fora, pois o que fala nos chama à conversão.
Que bom que não é o que vem de fora que move Jesus, mas o Espírito. Ele continua seu caminho. E assim – para a nossa graça – faz em nossa vida. Vamos agradecer-lhe por continuar, pedir-lhe a luz para reconhecer nossos altos e baixos e o Seu Espírito, a sua perseverança, para ser mais constantes em nosso “sim”, e para que o fascínio que Ele exerce sobre nós não seja sentimentalismo, mas lance raízes profundas que nos faça abraçar também o Seu caminho, assumindo a nossa cruz e O seguindo.
Tania Pulier, membro da Família Missionária Verbum Dei e do pré-CVX Cardoner.