Produzir os frutos do Reino (Mt 21,33-43.45-46)
2 de março de 2018“Os ensinos do Senhor são certos e alegram o coração.”
4 de março de 2018Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus porém, e os mestres da lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Então Jesus contou-lhes essa parábola:
— Um homem tinha dois filhos. Certo dia o mais moço disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê agora a minha parte da herança.”
— E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha.
— O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade. Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, ele pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.’” Então saiu dali e voltou para a casa do pai.
— Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou. E o filho disse: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!”
— Mas o pai ordenou aos empregados: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.”
— E começaram a festa.
— Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando ele voltou e chegou perto da casa, ouviu a música e o barulho da dança. Então chamou um empregado e perguntou: “O que é que está acontecendo?”
— O empregado respondeu: “O seu irmão voltou para casa vivo e com saúde. Por isso o seu pai mandou matar o bezerro gordo.”
— O filho mais velho ficou zangado e não quis entrar. Então o pai veio para fora e insistiu com ele para que entrasse. Mas ele respondeu: “Faz tantos anos que trabalho como um escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus amigos. Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo!”
— Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. Mas era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.”
Oração:
Bom dia Querida Trindade, bom dia Maria! Que alegria viver mais esse momento de oração, comunhão convosco, através da palavra. Obrigado pela oportunidade! Doce Espirito Santo, conduza esse momento, ajuda-me a abrir o coração, que ele seja dócil, acolhedor e fértil para sua palavra.
No clima de conversão da quaresma, a liturgia de hoje nos convida mais uma vez à voltar para casa. Jesus nos revela o amor incondicional do Pai, que sempre acolhe, perdoa e nos recebe novamente em seus braços com alegria.
Para compreender a alegria do Pai que acolhe novamente o filho em seus braços após tantos erros, proponho contemplarmos como Ele ficou triste com o pedido do filho que queria seus bens (dons) para viver sozinho e longe. E vivendo longe do Pai, viveria em uma vida desordenada, vazia … Nessa composição de lugar, tentar contextualizar a cena, sentir a dor do Pai que perde um filho para tantas circunstancias…
“Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.” Inspirados por essa frase dita pele filho, podemos também agora, contemplar os motivos que o levaram a voltar para casa… Ele volta porque está arrependido? Houve uma conversão profunda em seu coração? Ou talvez ele tenha voltado apenas por conveniência, interesse?
Pode ser que o filho realmente não tenha se convertido, de coração, que ele talvez não tinha claro em si a grandeza de ser filho… Mas ele resolveu voltar… Assim também somos nós. Partimos para longe do Pai, como todos os dons que Ele nos deu e vivemos como esse filho… O que nos tem levado a nos afastar do Pai? Porque quero viver longe d’Ele?
“Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, cheio de compaixão, correu, e o abraçou, e beijou.” Jesus nos convida a voltar para casa. A voltar para os braços do Pai, que não leva em consideração as causas que trazem seus filhos de volta. Ele não nos espera chegar, ele vem ao nosso encontro, com o coração cheio de alegria… O coração que foi tomado pela dor da perda, da separação, agora se enche novamente de alegria por nos receber de volta.
Jesus ajuda-nos a ter claro e forte em nosso coração a consciência de que somos filhos e muito amados. Queremos viver sempre perto do Pai, sabemos que longe d’Ele, não seremos realmente felizes. Ensina-nos a viver as tentações e as supera-las, como bem as fizestes…
Amém!
Willian M. da Fonseca – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte.