“O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador”.
17 de dezembro de 2017O nascimento de João Batista é anunciado (LC 1, 5 – 25)
19 de dezembro de 2017
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. 19José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. 20Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
— José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. 21Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus , pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Vinde Espírito Santo, iluminai nossa semana para que tenhamos: mais confiança no que Deus nos mostra por meio de Sua Palavra e coragem para agir.
Hoje, vejo, no evangelho, José em atitudes tão nobres! Não só por proteger a noiva, mesmo acreditando ter sido traído, mas também por acreditar no “sonho” que teve e por deixar que Deus guiasse suas ações. Não é sem motivos que ele é considerado patrono da família.
Admirável até no nome (“José” significa em hebraico “Deus cumula de bens”), esse homem soube se perceber abençoado por Deus, ao invés de dar ouvidos a aparências, por sua capacidade de escuta, foi o protetor da Mãe de Jesus e teve o privilégio de ver o Filho de Deus crescer na forma humana.
Claro, não dá para imaginar que bastou uma aceitação da vontade de Deus ara que a vida de José corresse leve e fácil. Imagino que a fuga para o Egito, assim como outras situações das quais nem tomamos conhecimento, tenha sido difícil de realizar. Mas este bom amigo de Deus persistiu até o fim na missão recebida.
Deus não escolheu nobreza, riqueza ou ostentação como marcas do lugar onde Seu Filho cresceria. Escolheu um ambiente simples, uma vida sem luxos mantida pelos ganhos do trabalho de um simples carpinteiro. Mais interessado no que, de fato, faz sentido nesta vida, Deus escolheu a hombridade de José e a sua capacidade de entregar-se sem reservas. Escolheu aquele que foi capaz de escutar, de verdade, o seu pedido do Pai e o acolher com o coração.
Vejo-me tantas vezes ouvindo os alertas vindos de Você, Jesus, e, ao mesmo tempo, com tão pouca coragem para agir! Às vezes, com tanta dificuldade de pôr em prática o discernimento.
Tivesse José escolhido outro caminho e não teria experimentado uma vida tão abençoada.
Muitas vezes, deixo de agir porque parece muito difícil a caminhada, em um primeiro momento, e, justamente por isso, perco a oportunidade de amadurecer em minha fé e de colher os frutos que minha escolha pode trazer. Em outras palavras, o medo ou o comodismo me impede de mergulhar no Amor de Deus e de sorver momentos de plenitude e de intensa paz. Perco a chance da realização profunda.
Inserido na cultura patriarcal, José nos mostra grande desprendimento, pois foi capaz de vencer uma barreira intransponível para a maioria. Que eu possa, Jesus, desprender-me de minhas limitações e fraquezas para dizer meu sim ao seu projeto de vida e não para tudo o que impede de minha realização plena como pessoa e como filha (o) de Deus.
Fico me perguntando: o que levou José a escolher o silêncio? E o que o fez confiar no que parecia um simples sonho? Liberdade? Fé? Loucura? Qualquer que seja a resposta que apontemos, ela nos levará à escolha por se deixar envolver pelo Amor apaixonado de Deus, um Amor sempre puro, fiel e incondicional.
Quero ser forte também, Jesus, quero ter mais coragem para seguir o que Você me diz, e sem titubear. Meditarei durante o dia de hoje sobre como me tornar uma pessoa com mais capacidade de escutar o que Você diz, Mestre, mais livre em minhas escolhas e mais audaciosa (o) ao por em prática o que você indica.
Amém!
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte