“Cantem para nós as canções de Sião.”
11 de março de 2018A cura de um paralítico
13 de março de 2018Evangelho – Jo 4,43-54
43Depois de ficar dois dias ali, Jesus foi para a região da Galileia. 44Pois, como ele mesmo disse: “Um profeta não é respeitado na sua própria terra.” 45Quando chegou à Galileia, os moradores dali o receberam bem. É que eles tinham ido à Festa da Páscoa, em Jerusalém, e tinham visto tudo o que Jesus havia feito lá.
46Jesus voltou a Caná da Galileia, onde havia transformado água em vinho. Estava ali um alto funcionário público que morava em Cafarnaum. Ele tinha em casa um filho doente. 47Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia, foi pedir a ele que fosse a Cafarnaum e curasse o seu filho, que estava morrendo. 48Jesus disse ao funcionário:
— Vocês só creem quando veem grandes milagres!
49Ele respondeu:
— Senhor, venha depressa, antes que o meu filho morra!
50 — Volte para casa! O seu filho vai viver! — disse Jesus.
Ele creu nas palavras de Jesus e foi embora. 51No caminho encontrou-se com os seus empregados, que disseram:
— O seu filho está vivo!
52Então ele perguntou a que horas o filho havia começado a melhorar. Os empregados responderam:
— Ontem, à uma da tarde, a febre passou.
53Aí o pai lembrou que havia sido naquela mesma hora que Jesus tinha dito: “O seu filho vai viver.” Então ele e toda a família creram em Jesus.
54Esse foi o segundo milagre que Jesus fez depois de ter ido da Judeia para a Galileia.
Bom dia, Trindade Santa!
Rezo hoje, Jesus, para que eu consiga ocupar um lugar similar ao do funcionário citado no texto. Penso que, como na imagem acima, ele viu a verdade em seus olhos e simplesmente confiou.
Quero abrir mão de tudo que me impede de viver conforme o pensamento vitorioso, o pensamento sereno e sem ansiedades desnecessárias com o futuro. Quero caminhar com a despreocupação de pensar que, se confio em Você e coloquei uma intenção em Suas mãos (que está acima das minhas capacidades de resolver), devo continuar minha rotina certa de que, se for para o meu bem, aquilo que Lhe roguei já foi concedido. Basta que eu “vá para casa” ver a promessa realizada.
E o que significa esse “ir para casa” acontecido no evangelho de hoje?
Casa, quando sinônimo de lar, é uma palavra que, na cultura popular, é emprega para representar o aconchego e a estabilidade, o bem-estar que sentimos (ou deveríamos sentir) todas as vezes que voltamos para nossa moradia após a jornada de trabalho ou mesmo após tarefas determinadas.
A casa do funcionário tinha se transformado no lugar onde estava o problema que precisava ser resolvido (a doença do filho), havia perdido a paz. Por isso, ele faz o caminho contrário ao do dia a dia, isto é, sai de casa atribulada e vai perto de Jesus – agora o novo lugar de aconchego – para buscar a restituição da paz em sua casa por meio da cura de seu filho.
Trata-se de uma trajetória muito interessante, pois, ao ouvir a garantia da cura (anunciada por Jesus), o homem volta para sua casa na certeza de que ela teria voltado à paz, isto é, seu filho não estaria mais doente. Sua caminhada de volta foi feita firme na total convicção da cura que ele mesmo confirmou ao lá chegar.
Esse homem certamente sabia do milagre acontecido em uma festa de casamento em sua região (Bodas de Caná). Pode ter sido este um dos motivos de sua absoluta confiança. Hoje, eu imagino que tenho mais informações Suas que aquele funcionário do rei, Jesus. Tenho acesso a um compilado de muitas ações miraculosas Suas – a Bíblia – e a várias reflexões a seu respeito. No entanto, fraquejo em minha fé e muitas vezes me recuso a “voltar para casa” confiante. Há problemas que vou remoendo pela minha vida afora e que vão me desgastando e me retirando pouco a pouco o viço da vida.
Ajude-me, Espírito Santo, a ser mais firme na fé. Dê-me o dom da Perseverança para que minha confiança em Jesus seja verdadeiramente absoluta e que eu aprenda a “voltar para a casa em paz” sem lançar olhares persistentes em direção ao passado.
Amém!
Algumas questões para ajudar na reflexão:
- O que tem me afligido e que não tenho conseguido entregar nas mãos de Jesus?
- O que me impede de fazer essa entrega profunda?
- Como posso trabalhar a minha fé para que eu não hesite em acreditar em sua solução definitiva vinda de Jesus?
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo horizonte