IV Domingo do Tempo Comum – Ano A
29 de janeiro de 2017Não tenha medo; tenha fé! (Mc 5,21-43)
31 de janeiro de 2017Leitura: Marcos 5,1-20
Jesus e os discípulos chegaram à região de Gerasa, no lado leste do lago da Galileia. Assim que Jesus saiu do barco, foi encontrar-se com ele um homem que estava dominado por um espírito mau. O homem vinha do cemitério, onde estava morando. Ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo usando correntes. Muitas vezes já tinham amarrado as suas mãos e os seus pés com correntes de ferro, mas ele quebrava tudo, e ninguém conseguia dominá-lo. Passava os dias e as noites nos montes e entre os túmulos, gritando e se ferindo de propósito com pedras. Ele viu Jesus de longe, correu, caiu de joelhos diante dele e gritou:
— Jesus, Filho do Deus Altíssimo! O que o senhor quer de mim? Em nome de Deus eu peço: não me castigue!
Ele disse isso porque Jesus havia mandado: “Espírito mau, saia desse homem!”
Jesus perguntou:
— Como é que você se chama?
Ele respondeu:
— O meu nome é Multidão, porque somos muitos.
E pedia com muita insistência a Jesus que não expulsasse os espíritos maus para fora daquela região. Acontece que num morro perto dali havia muitos porcos comendo. Os espíritos pediram a Jesus com insistência:
— Nos mande ficar naqueles porcos; nos deixe entrar neles!
Ele deixou, e os espíritos saíram do homem e entraram nos porcos. E estes, que eram quase dois mil, se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.
Os homens que estavam tomando conta dos porcos fugiram e espalharam a notícia na cidade e nos campos. Muita gente foi ver o que havia acontecido. Quando chegaram perto de Jesus, viram o homem que antes estava dominado por demônios; e ficaram espantados porque ele estava sentado, vestido e no seu perfeito juízo. Os que tinham visto tudo aquilo lhes contaram o que havia acontecido com o homem e com os porcos. Então começaram a pedir com insistência a Jesus que saísse da terra deles. Quando ele estava entrando no barco, o homem curado pediu com insistência:
— Me deixe ir com o senhor!
Mas Jesus não deixou e disse:
— Volte para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você.
Então ele foi embora e contava, na região das Dez Cidades, o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.
* * *
Oração: Compaixão e liberdade
No texto de hoje, Jesus cura um homem que estava dominado por um espírito mau. Expulsa a legião de demônios, e dá clareza à enorme soberania de Deus frente ao maligno que havia tomado conta da vida daquele pobre homem.
A ordem de Jesus provoca medo e submissão à legião. Mas a Palavra de Deus também provoca reação diferente entre aqueles que tinham visto o que tinha acontecido, ou que ficaram sabendo do ocorrido, e o homem que tinha sido livrado daquela possessão.
O homem curado quis logo arranjar um jeito de ficar para sempre perto daquele que o havia libertado. Não fazia sentido buscar qualquer outra coisa na vida, porque ali estava quem era maior que o maligno, e mais, ali estava um Deus bom, porque sente compaixão por aqueles que sofrem. Mas Jesus tinha outro projeto para o homem. Queria que ele falasse para aqueles com os quais convivia sobre a compaixão de Deus, manifestada em seu filho Jesus. O homem, libertado por Jesus, seria um evangelizador.
Já os outros que viram ou ficaram sabendo do ocorrido ficaram assustados e queriam que Jesus fosse embora dali. Não entenderam nada da grandeza do que havia ocorrido ali? Teriam se apegado demais aos porcos e fizeram-se surdos para a Palavra de Deus? O prejuízo dos porcos não compensava o sinal de libertação exibido por Jesus?
A nossa oração de hoje deve ser dirigida à compaixão de Deus. Sabemos que Jesus se sensibiliza com o sofrimento da humanidade, e quer libertá-la daquilo que é mau e rouba a vida. Peçamos a Ele que alivie os nossos sofrimentos. Peçamos a Ele que nos liberte para assumirmos a vida que Ele nos vem oferecer.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte/MG