Escolhidos para ser enviados (Lucas 10,1-12)
1 de outubro de 2015A quem o Filho quiser mostrar (Lucas 10, 17-24)
3 de outubro de 2015“Naquele momento os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram:
— Quem é o mais importante no Reino do Céu?
Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse:
— Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim.
— Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu.”
Na oração de hoje, vamos pedir a graça de ser como crianças diante do Pai.
Como são as crianças? Atualmente, muitas não estão como crianças, têm doenças de adultos, como estresse e até depressão, e às vezes têm malícia e ganância de adultos. Mas olhemos as crianças de uma maneira geral, em sua inocência, contemplemos as mais novas: são espontâneas. Quando gostam, gostam, quando não gostam, não gostam, e expressam isso. Brincam e se relacionam umas com as outras guiadas pelo desejo. São alegres e buscam a alegria. Simplesmente estão e aproveitam o momento presente. São o que são.
Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. Jesus nos convida a ter essas atitudes. Em que contexto faz esse convite? Mediante a pergunta dos discípulos – que muitas vezes é a nossa: “Quem é o mais importante no Reino do Céu?” Quanto fazemos por ser os mais importantes! Procuramos dar as melhores impressões, ficamos nervosos quando algo parece “queimar o nosso filme”, buscamos ser lembrados, reconhecidos, citados… No fundo temos muito medo da rejeição! E uma busca enorme por ser aceitos. Parece que precisamos de tudo isso pra ser amados. Um amor que, se realmente depende disso, está constantemente ameaçado.
Quando Jesus diz “se humilhar e ficar igual a essa criança”, na verdade o “humilhar” não quer dizer perder a autoestima, se colocar por baixo, mas é um convite a descer de tudo onde subimos para “ser mais importante”, da nossa altivez, e ficar no que realmente somos. Ser quem somos e experimentar-nos amados aí, simplesmente pelo que somos: há liberdade maior? Há alegria maior?
Este é o convite. Algo que acolher os pequenos pode nos ensinar. Por isso, Jesus afirma: “aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim.” E aprendendo com Ele, através dos irmãos menores, dos pequeninos – crianças ou não.
Que Ele nos ajude a fazer-nos crianças e assim participar da alegria do Reino.
Tania Pulier, comunicadora social – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner