Para gerar frutos de vida
2 de maio de 2018O mundo e o reino. (Jo 15, 18-21)
5 de maio de 2018O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: amem uns aos outros.
Não fomos nós que escolhemos Jesus, mas, pelo contrário, foi Ele quem nos escolheu.
Esta verdade é incontestável. Por acaso alguém poderia escolhê-lo? Não, porque Ele jamais seria conhecido se não se revelasse a nós.
Como é bonito perceber que nosso Deus nos procura. Quanto amor neste gesto! O insondável se faz pequeno para ser conhecido por todos. Aquele que jamais poderíamos conhecer, pois ultrapassa todas as possibilidades de nossa ciência, rebaixa-se e se torna um servo para poder manifestar-se e se dar a conhecer.
Jesus revela que tudo isso é feito por amor e pelo amor. Tudo se resume no amor e nada existe fora dele, portanto viver fora do amor é escolher a morte, optar por ele é escolher a vida.
Uma só ordem é dada: que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou.
A fórmula do amor proposto também é dita de forma simples e direta: “Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles”.
Jesus é simples, não deixa margem a interpretações que possam facilitar a vivência do amor de que Ele trata. Ele fala de um amor que exige compromisso e que será verdadeiramente grande se nossa vida for entregue para que ele se cumpra. Um amor que se traduz em serviço para o bem comum.
E quem são nossos amigos? Todos aqueles que fazemos amigos. E quem devemos fazer amigos? A todos, pois a ordem de Jesus é simples, não há como contemporizar: “amem uns aos outros como eu amo vocês”. Ora, se devemos nos amar como Jesus nos amou e Ele nos escolheu antes que nós pudéssemos escolhê-lo, devemos sair ao encontro do outro e fazê-lo nosso amigo, assim como Jesus veio ao nosso encontro e nos fez amigos.
E que frutos deveremos produzir? Quais frutos produzidos por nós permanecerão? Penso que o fruto que Jesus quer e que permanecerá é a amizade. Todo amigo que fazemos permanece, fica para sempre. Mais ainda, todo aquele que levamos à presença de Jesus e que se torna amigo dele jamais se perderá: “a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum daqueles que o Pai me deu se perca, mas que eu ressuscite todos no último dia” (Jo 6, 39).
Às vezes, sentimos muita dificuldade de fazer amigos. Às vezes, custamos a crer que podemos levar algumas pessoas a se tornarem amigas de Jesus, entretanto Ele afirma, ao final do trecho do evangelho de hoje, que podemos contar com uma ajuda ímpar: “Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome”.
O convite da oração de hoje é perceber a amizade de Jesus por nós, todos os frutos que nascem dessa amizade, a possibilidade de entrarmos na dinâmica deste amor que inclui a todos no círculo de amigos, enfim perceber a força da afirmação de Jesus: “Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai”.
Que Maria nos acompanhe nesta oração e nos ajude a perceber todo o carinho de nosso Deus. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte