Possuir
18 de junho de 2021Passemos para a outra margem!
20 de junho de 2021Sábado – 19/06 – Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum
Mt 6,24-23
Leitura: o que o texto diz?
Concluindo este capítulo do evangelho, o evangelista nos apresenta o Mestre que continua a admoestar seus discípulos quanto às posses. Aqui temos versículos que falando alto ao coração e que por isso os sabemos de cor: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (v. 24); “buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo” (v. 33); “Para cada dia, bastam seus próprios problemas” (v.34).
Meditação: o que o texto me diz?
Ter bens e confiar no Senhor, eis o ponto de tensão do texto que refletimos. É na perspectiva do serviço que Jesus nos apresenta a solução: nós devemos servir a Deus; os bens devem estar a nosso serviço para que o Reino de Deus seja construído. Não devemos tomar os bens terrenos como fins a serem buscados, como metas. Nosso fim, nossa meta é o Reino e a sua justiça. Na justiça do Reino todos têm pão, teto, trabalho, terra, saúde…
Oração: o que o texto me faz dizer?
Em um mundo repleto de injustiças, muitas vezes clamamos e ouvimos clamarem pela justiça de Deus. Porém, não raras vezes, ela é confundida com vingança ou com o velho “toma lá, dá cá”.
Senhor, ajudai-nos a compreender que a justiça do Reino é garantia de todo bem para todos, sem distinção. Fazei com que nos empenhemos sempre na edificação do vosso projeto, fazendo dele nossa meta, nossa busca, nossa preocupação.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Vivendo uma pandemia, o texto que ouvimos nos faz querer reencontrar o que de fato estamos a buscar em nossas vidas. Faz com que reconsideremos o nível de nossas preocupações, que por vezes são exageradas e que se resumem em interesses pessoais e egoístas.
Ação: o que posso fazer do texto?
Colocar-se a serviço de Deus, nos irmãos. Eis o que Jesus nos propõe a fazer em meio à busca de bens terrenos e às preocupações cotidianas. Precisamos ao menos tentar nos desvencilhar da ânsia diante daquilo que ainda não chegou e que pode não vir a chegar. Viver em função de problemas futuros nos impede de reconfigurar o presente para o bem comum. É tempo de assumirmos a construção do Reino, dispondo-nos a servir.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – catequista coordenador diocesano da Catequese na Diocese da Campanha/MG