Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador”.

Leio a passagem várias vezes e fico pensando: Que tipo de saudação foi a de Maria que fez com que a criança pulasse no ventre de Isabel? Que arrancou de Isabel um grito de admiração, de alegria, de gratidão. Que fez com que Isabel reconhecesse Maria como bem-aventurada, como a mãe do Salvador. Com a saudação de Maria, Isabel consegue reconhecer que as promessas do Senhor serão cumpridas. A saudação de Maria foi capaz de despertar em Isabel o seu melhor.

Por outro lado, como estava Isabel interiormente? O que carregava dentro para que acolhesse tão bem a saudação de Maria, para que reconhecesse que o pulo da criança era de alegria? Isabel recebe a saudação e reconhece o melhor de Maria.

Me espanta nessa passagem a disponibilidade de Maria, que tinha todos os motivos para ficar quietinha em casa, cuidando de si e de sua gravidez, mas decide ir, apressadamente, ao encontro da prima. Me admira também a abertura do coração de Isabel, que recebe a prima com alegria e consegue reconhecer naquela visita muitas maravilhas.

Encerro a oração pedindo ao Senhor o dom de ser saudação que leva vida, exultação, boa nova! Peço também a abertura para receber o outro, para saber extrair de toda saudação uma mensagem de alegria, de esperança, de fé.

Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte-MG