A missão de cada um (Jo 21, 20-25)
7 de junho de 2014Humildade para ser sal e luz (Mt 5, 13-16)
10 de junho de 2014Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: ‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.
A partir de hoje, depois de vivenciarmos o tempo pascal e celebrarmos Pentecostes, a Igreja nos propõe acompanhar de forma continuada as leituras do Evangelho de Mateus. E começaremos pelo texto das bem-aventuranças.
Me ajuda pensar que Jesus não impõe nada, não são mandamentos, são conselhos. E pra levar a sério um conselho precisamos pensar em situações concretas, em que os conselhos que recebemos foram seguidos e isso nos fez bem. No campo da fé, o mesmo acontece. Para lançarmos de novo as redes, em conformidade com o que Jesus nos diz (cf. Lc 5,1-11) é bom fazer o exercício de percorrer o passado (remoto ou recente) com Ele e perceber as vezes em que cada uma das promessas de Jesus se fizeram reais em minha vida.
Fazendo esse exercício, percebo que muitas vezes experimentei o consolo de Deus em minha aflição, experimentei a misericórdia de Deus e dos irmãos; muitas vezes experimentei que desejos puros e sinceros nas intenções me levaram a ver a Deus, a saborear Sua companhia.
Muitas vezes, ao promover a paz no dia a dia, calando uma fofoca, cedendo em um conflito, exigindo e lutando pelos meus direitos e pelos direitos dos que me rodeiam, cumprindo meus deveres, experimento a graça de ser filha de Deus, porque todas essas coisas me fazem exercitar o Amor fraterno.
E depois de rever as promessas de Deus cumpridas em minha vida em todas as vezes que optei por seguir os conselhos de Jesus, deixo que Ele me interpele. Qual é o chamado novo que Jesus me faz nesta oração?
A mim, Deus chama a ter mais fome e sede de justiça. Primeiro, tento reconhecer a fome, a necessidade. Reconhecer que determinadas situações, com as quais eu já até me acostumei, são realmente injustas. A justiça precisa ser integral. Se estou sendo injustiçada e fico calada, contribuo para a proliferação da injustiça. Se estou sendo injusta com alguém, por ignorância ou por egoísmo, estou contribuindo para que a injustiça se propague. Se vejo situações injustas, para as quais não dei causa, mas com as quais estou me omitindo, estou contribuindo com a injustiça.
O convite que Deus me faz hoje é um convite de muito Amor: deixar que a justiça oriente minhas escolhas.
Que o Espírito nos ilumine e nos acompanhe nesta oração para que ela seja caminho de sabedoria, de fé e de luz em todas as coisas que nos são apresentadas.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH – MG