“Felizes os que irão sentar-se à mesa no Reino de Deus!”
6 de novembro de 2018(Lc 15, 1-10)
8 de novembro de 2018Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse: Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: “Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!” Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz. Jesus terminou, dizendo: Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.
Seguir a Jesus e continuar o seu projeto é viver um clima novo na relação com as pessoas, com as coisas materiais e consigo mesmo.
Realmente seu projeto de vida me fascina! Podemos iniciar a oração de hoje com uma pergunta: Queremos ou não ser discípulos de Jesus..? Jesus nos instrui em relação ao seguimento assim como fez com a multidão que o acompanhava, ou seja, deixou claro que o seguimento é uma questão de foco, de escolha livre e consciente, mas pra valer mesmo precisa ser de maneira radical e definitiva, priorizando aquilo que realmente é essencial, o discipulado… O discípulo é aquele que recebe disciplina ou instrução de outra pessoa; aluno. Que segue as ideias ou imita os exemplos de outro. Eu tenho me deixado instruir por Jesus, tenho seguido suas ideias e imitado os seus exemplos? Os discípulos de Jesus são todo aquele que propaga os seus ensinamentos através do testemunho de vida e dá continuidade ao seu projeto.
É aquele que é livre e o ama sobre todas as coisas. Para isso é necessário o desprendimento, desapego e muita disposição; ele nos atrai, nos convida a viver de maneira diferente como nunca vivemos, o discipulado é feito a partir da aceitação das nossas limitações da nossa condição humana, do meio em que vivemos, somos chamados a abraçar tudo o que somos e o que temos para segui-lo, deixando-nos transformar por ele; seguindo o exemplo do apostolo Paulo conscientes que é nele que devemos viver, nos mover e existir, deixando que ele viva em nós aprendendo a lógica do reino: relativizando as nossas relações com as pessoas, com os bens materiais e com o mundo…
A nossa vivencia com ele mesmo que seja de forma esporádica nos dará a condição de avaliar as nossas ações para que elas possam ser dignas de um discípulo do Reino, calcular bem, tomar as decisões com segurança (Fé) e assumir as consequências sendo perseverantes.
Senhor ensina-me a andar por seus caminhos, a não trabalhar em vão e nem correr inutilmente! ( Fil 2,12-18) conceda-nos também mais um pedido: “Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo. Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!” ( Sl 26 (27),1. 4. 13-14 (R. 1a)) Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG.