O Filho – O Pai (João 14,7-14)
23 de abril de 2016A paz de Jesus e a paz do mundo
26 de abril de 2016Leitura: Marcos 16, 15-20
Então Jesus disse:
— Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios pelo poder do meu nome e falar novas línguas; se pegarem em cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; e, quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados.
Depois de falar com eles, o Senhor Jesus foi levado para o céu e sentou-se do lado direito de Deus. Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.
Oração:
As últimas palavras de Jesus para seus discípulos querem ser ouvidas também por nós.
“Anunciem o evangelho… quem crer, será salvo”. Como anunciar hoje sua mensagem, Senhor? Nem sempre as palavras são bem-vindas ou ouvidas… às vezes, a mera alusão ao seu nome fechará ouvidos e mentes… anunciaremos, então, com gestos? Com condutas? Com a vida? Simplesmente com a presença que revela, sem dela falar, a boa nova? Quem acreditar na vida com mais cuidado com o próximo será salvo? Quem acreditar que todos merecem o mesmo tratamento digno, não importando o que tenham feito ou como vivam, se salvará?
“Expulsarão demônios… falarão novas línguas… não sofrerão mal se beberem veneno ou pegarem em cobras”. Então quer dizer, Senhor, que, se nós acreditarmos que o Pai nos ama, se estivermos convencidos de que somos profundamente amados, conseguiremos acabar com todo o mal, mesmo os males em relação aos quais nos sentimos completamente impotentes e convidados a desistir? Se tivermos a consciência desse amor, conseguiremos estabelecer diálogo até com os interlocutores mais difíceis, inclusive os que trabalham contra o Reino, às vezes aludindo ao seu próprio nome, Senhor, para legitimar seus discursos? Se crermos, conseguiremos chegar tão perto do mal, nele encostar, sem com ele nos misturarmos e contaminarmos?
“Quando puserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. Se estivermos dispostos a nos aproximar dos mais necessitados que nós, vencendo nossos medos de descobrir o mundo cuja dor talvez nos tire de nossa cômoda paz, poderemos diminuir a doença do mundo? Se ousarmos levantar nossos braços, arregaçar nossas mangas, colocar a mão na massa, haverá menos dor e mais alegria?
“E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira”. Senhor, nós nos esforçaremos para, a cada dia, dar nosso sim ao risco da vida de fé. Queremos ouvir de você o sim para essas nossas perguntas. Dê-nos a alegria de ver os milagres, especialmente esses mais discretos, tão escondidos no ordinário despercebido.
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte