Os perseguidos de hoje
26 de dezembro de 2014A oração de Simeão
29 de dezembro de 2014JOÃO 20,2-8
Então (Maria Madalena) saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo que Jesus amava. E disse para eles: “Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o colocaram.” Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou. Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte. Então o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou.
Amor e fé
No dia de hoje celebramos São João Evangelista, discípulo e autor do quarto evangelho. Sendo o “discípulo que Jesus amava”, percebo-o como representação de uma vida de caloroso amor. Por outro lado, temos no mesmo evangelho a presença de Pedro, que por sua vez me sugere uma vida representativa de fé, em seus conflitos e acertos. Admitindo-se então João e Pedro como discípulos especialmente viventes de amor e de fé, respectivamente, sou levado a refletir sobre a comunhão dessas duas virtudes a partir do evangelho apresentado.
Jesus ressuscitado invoca a presença do amor e da fé. Ainda que capazes de caminharem juntos, o amor tende a ser mais ágil que a fé, e por isso é capaz de alcançar mais rapidamente o encontro com Jesus. O amor chega primeiro à sua presença, inclina-se, explora-o, mas não o reconhece. Ainda que atrasada, a fé se aproxima. Vigorosa e cheia de coragem vai além do amor; alcança mais profundamente a presença de Jesus, detalha-o e acaba por reconhecê-lo. Sua coragem inspira o amor a chegar mais perto de Jesus. Incentivado pela fé, o amor alcança a plenitude do encontro com Cristo e, além de bem reconhecê-lo, compreende-o. Vê e acredita.
Neste natal e fim de ano, faço uma revisão de tudo o que vivi e penso na comunhão da fé e do amor em minha vida, uma vez que procuro o encontro e o seguimento de Cristo como fonte de autêntica felicidade. Ainda que ele, ressuscitado, me chame em todos os caminhos que percorro, tenho-o visto? E ainda que o veja e o perceba, tenho acreditado? Tenho-o compreendido?
Peçamos ao menino Deus, neste Natal, um coração cheio de amor e fé, capaz de acolhê-lo e compreendê-lo.
Marcelo H. Camargos – estudante de Medicina na UFMG – membro da Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte