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“Amarás o Senhor teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo.”
Nesta sexta-feira da 7ª Semana do Tempo Comum, nosso encontro com o evangelho se dará a partir do texto de Mt 22,34-40. Antes, porém, vamos respirar profundamente, preparar nossos corpos e corações, acolhendo a presença amorosa da Ruah Divina a nos conduzir.
Leitura: o que o texto diz?
Ao longo do Evangelho segundo Mateus, Jesus entra em conflito com as autoridades religiosas de seu tempo. No evangelho de hoje, aparecem dois grupos religiosos: saduceus (apenas mencionados) e fariseus, que entram em cena para pôr Jesus à prova. O fariseu, referindo-se a Jesus como “Mestre”, pergunta: “qual é o maior mandamento da Lei?”. É óbvio que o homem versado na Lei conhecia muito bem a resposta, mas queria saber se Jesus estava alinhado à doutrina tradicional de Israel expressa nos mandamentos.
Jesus responde ao fariseu a partir do Shemá, que sintetiza a fé de Israel: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!” (Dt 6,8). Em seguida, Jesus acrescenta o segundo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Jesus eleva à categoria de mandamento, o preceito presente em Lv 19,18. Jesus conclui sua resposta afirmando que toda lei e os profetas dependem desses dois mandamentos.
Meditação: o que o texto me diz?
Jesus é posto à prova, e diante disso afirma a importância e a urgência do amor a Deus e ao próximo. Jesus, respondendo ao fariseu, deixa-nos um ensinamento sobre a integridade do amor: com todo o coração, de toda alma e com todas as forças… O amor envolve o ser por inteiro: desde a intimidade mais profunda às suas possibilidades econômicas. Além disso, deve ter como objeto Deus e o próximo.
De que forma nos toca o texto de Mt 22,34-40? De que forma o evangelho de hoje nos ajuda a viver e/ou a retomar o caminho de Jesus?
Oração – O que o texto me leva a dizer a Deus?
O amor a Deus e ao próximo marcou a vida de Jesus. É esse mandamento do amor que ele nos entrega nos oferta como legado. A partir do que refletimos e meditamos, desde o mais íntimo de nossos corações, podemos dirigir a Deus nossas preces, nossas dificuldades, os desafios próprios desse amor sem reservas.
Que palavras dirigiremos ao Pai neste dia?
Contemplação: o que Deus, através do texto faz em mim?
A contemplação é uma celebração do amor, um momento de encontro e de partilha de mistérios. Em segredo, experimentamos a presença do Deus-Amor, que nos conhece profundamente e nos ama. Em silêncio, acolhamos sua presença amorosa e transformadora.
Ação: o que o texto – e este encontro – me solicita a agir?
Que, ao final deste encontro com o Evangelho, tenhamos um coração disposto a viver o amor sob os signos da integralidade, da gratuidade, da liberalidade e da confiança.
Concluamos nossa Leitura Orante agradecendo a Jesus por este momento de encontro, reflexão e aprendizado.
*Maria Nivaneide de Abreu Lima é leiga católica e assessora do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). Mestra em Teologia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), bacharela em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) e licenciada em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC).