Não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos.
15 de julho de 2017“Ele fez isso porque seus moradores não haviam se arrependido dos seus pecados”
18 de julho de 2017Evangelho – Mt 10,34-42;11,1
34 — Não pensem que eu vim trazer paz ao mundo. Não vim trazer a paz, mas a espada. 35Eu vim para pôr os filhos contra os pais, as filhas contra as mães e as noras contra as sogras. 36E assim os piores inimigos de uma pessoa serão os seus próprios parentes.
37 — Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. 38Não serve para ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. 39Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira.
40 — Quem recebe vocês está recebendo a mim; e quem me recebe está recebendo aquele que me enviou. 41Quem receber um profeta, porque este é profeta, terá uma parte da recompensa dele; e quem receber uma pessoa boa, porque ela é boa, terá uma parte da recompensa dela.
42 — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem, apenas por ser meu seguidor, der ainda que seja um copo de água fria ao menor dos meus seguidores, certamente receberá a sua recompensa.
1 —Quando acabou de dar essas ordens aos seus doze discípulos, Jesus saiu daquele lugar e foi ensinar e anunciar a sua mensagem nas cidades que ficavam perto dali.
Bom dia!
Peçamos ao Espírito Santo para guardarmos no coração a chamada de atenção que Jesus hoje vem nos fazer.
As palavras de Jesus no evangelho de hoje são duras e parecem destoar um pouco de sua mansidão, de seu carinho de pastor. Entretanto, gosto muito desse texto, pois a mansidão sem a firmeza sempre me pareceu fraqueza e insegurança daquele que está ocupando um papel de autoridade. Um mestre deve ser humano com o aprendiz, mas isso não lhe tira a responsabilidade de corrigir-lhe os erros e mesmo de ser severo quando isso for necessário.
Como professora, sinto isso muito de perto. Não se trata de assumir o autoritarismo, mas tratar com seriedade o que se fez. O aprendiz agradece ao final do processo muito mais ao professor sério e certo de seu papel que àquele que deixa tudo correr conforme a mansidão apenas. Por isso vibro com as palavras de Jesus e, do mesmo modo, não fico feliz quando sei que agi errado e o amigo do lado ainda apoia o erro.
Nosso Mestre hoje nos assevera sobre a responsabilidade inerente à escolha por segui-lo. Seguir o que Ele ensina significa estar constantemente fora do comodismo, significa se sentir incomodado com o que está em desacordo com o Reino e se mobilizar para causar mudanças. A água parada não contribui em nada para a corrente de ações supostas nos ensinamentos de Jesus.
Outra ideia, e ainda mais importante, que o evangelho de hoje nos lembra: escolher seguir Jesus não é como escolher um partido político ou mesmo uma profissão. Seguir o Filho de Deus é aderir a uma ideologia especial de vida em que não há meio termos. Nesse sentido, não existe, de verdade, quem seja “mais ou menos” Cristão. Não existe quem ame mais ou menos. Ou se ama ou não. Ou se está com alguém ou não. Jesus não quer meio termo de nós. Ele não é alguém à nossa espera para um encontro aos fins de semana, mas é alguém que está próximo de nós 24 horas por dia. Trata-se de uma relação que requer cumplicidade. Essa relação não pode ser como “água morna”.
Sinto como se, no texto de hoje, Jesus nos mostrasse alguns pontos mais difíceis de sua proposta nos quais devemos pensar antes de nos posicionarmos na nossa fé. É como se nos desse uma oportunidade para pensarmos bem no que queremos de verdade. E aí fica a pergunta: “eu quero mesmo seguir Jesus, sabendo do desafio que esse amor significa?” Pensemos um pouco nisso…. O que hoje na minha vida está ofuscando o meu relacionamento com Deus? O que está deixando a ideologia de fé que sigo em segundo plano?
É importante que nos lembremos de que Jesus quer de nós um amor livre e total.
Se analisarmos bem a situação, somos nós quem mais sai ganhando “nesse acordo”. Somos amados incondicionalmente e amamos de uma forma tão intensa que se repercute em quem está perto de nós e que também se sentirá amado, uma vez que nossas ações serão as de uma pessoa que “se sente realizada” e que divide o que sente de bom com os outros.
Por outro lado, não há como um amor mundano (entre irmãos ou mesmo cônjuges) ser verdadeiro se aquele que ama não está alimentado do amor de Deus, pois suas ações serão limitadas demais ao plano meramente humano. O amor profundo e verdadeiro cobra transcendência. E onde mais se encontra a transcendência que não seja em Deus? Mesmo dando os nomes mais diferentes à divindade, no final das contas, todos os que dizem experimentar a transcendência pelo amor não faz outra coisa senão se nutrir no imenso amor de Deus.
Por isso que, ao contrário de dureza, Jesus hoje “abra-nos os olhos” para sermos mais vigilantes quanto ao amor que a ele devotamos.
Jesus, obrigada pela forma como você hoje nos faz acordar e observar melhor nossas ações. Obrigada pela autoridade de suas palavras, pois Sua firmeza nos tira das dúvidas e nos faz relembrar da consistência de sua proposta de vida para nós. É muito bom terminar de ler o evangelho de hoje com a segurança de que estamos no melhor caminho quando estamos com Você e que “vida de verdade”, só pode existir ao seu lado.
Assim seja!
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte