Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
3 de março de 2023O seu rosto brilhou como o sol
5 de março de 20234 de março de 2023. Sábado da primeira semana da quaresma.
Evangelho de Mt 5,43-48.
Hoje vamos iniciar a Lectio com momentos de silêncio profundo, de olhos fechados. Deixe silenciar a mente, o coração. Não pense em nada. Só silencie. Fique assim durante uns dois minutos, ao menos.
Em nome do Pai, Filho, Espírito Santo.
O texto de hoje é também parte dos capítulos que formam o Sermão da Montanha (capítulos 5 a 7 de Mateus). Jesus continua apresentando novos mandamentos, que pregam novos comportamentos, diferentes do que o povo de Israel costumava ter.
Leitura: o que o texto diz?
A narrativa do evangelho de hoje nos convida a contemplar, uma vez mais, o crucial e desafiador ensinamento de Jesus: Amar. Experimentamos o amor do Pai que ama incondicionalmente a todos e nos chama, no ordinário da vida, a fazer o “extraordinário”, agir como verdadeiros e amados filhos(as) de Deus. Vivemos em tempos de intolerância, ódio, exclusão, individualismo… É uma urgência cristã transformar esta realidade. Martin Luther King disse a famosa frase: “A escuridão não pode expulsar a escuridão; só a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio; só o amor pode fazer isso”.
Meditação: o que o texto me diz?
Jesus continua apresentando seus novos mandamentos. Assim ele acrescenta algo novo aos comportamentos. Para Jesus não basta amar ao próximo, e ver neles apenas os amigos odiando os inimigos. Deste modo ele acrescenta que se deve amar os inimigos e orar pelos que são perseguidores. O que isto lhe diz sobre Jesus? O que isto lhe diz?
Jesus afirma que esse amar os inimigos e orar pelos perseguidores é condição para se tornar “filhos de vosso Pai”. E que este Pai faz nascer o sol sobre bons e maus, e chover sobre justo e injustos O que essas afirmações lhe diz?
Jesus volta a questionar o comportamento de seus ouvintes ao dizer que amar os que nos amam não merece nenhuma recompensa, porque os publicanos, que eram cobradores de impostos e tidos como pecadores públicos, também se comportam desse modo. O que isto lhe diz?
Jesus termina convidando seus ouvintes a serem perfeitos, como o Pai celeste. O que isto lhe diz?
Oração: o que falo a Deus? O que respondo a Deus?
Peça ao Senhor, neste tempo especial de conversão, a graça de amar, de perdoar, de ser luz que rompe o ciclo em situações onde haja ódio, exclusão, individualismo, exclusão… Peça ao Espírito de Amor que te ajude a olhar para as situações de egoísmo, desamor, exclusão e através das pequenas ações “extraordinárias”, possa se luz na sociedade tão sedenta de amor. E, por fim, peça a graça de a cada dia, crescer em humanidade, agindo amorosa e fielmente como filho(a) de Deus e ir transformando você em sua imagem e semelhança.
Contemplação: o que o texto me faz experienciar, me faz sentir?
“…Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”. Jesus não desiste do ser humano e da humanidade. Ama e perdoa. Amar o inimigo é abraçar a humanidade, é viver como filhos(as) de Deus, é ser e lutar por uma sociedade justa, onde o diálogo, o respeito… Onde o ódio, a divisão, a polarização… não sejam alimentados. Silencie para ouvir o que Ele suscita em nosso sentimento, nossa consciência, nossa vontade. É silenciar para que o Espírito Santo aja em nosso ser.
Ação: o que o texto lhe solicita a agir, a se comprometer?
A fé cristã está ligada ao concreto da vida. Toda nossa Lectio deve levar a uma unidade entre fé e vida. O que o texto lhe solicita a agir, a se comprometer na fé, na família, na comunidade, no trabalho, na sociedade?
Se desejar termine com uma oração espontânea de agradecimento.
Marco Antonio Tourinho, é leigo do INJ, mestre em Teologia pela FAJE, atua há anos na formação bíblica.