“Sei que o teu amor dura para sempre e que tua fidelidade é tão firme como o céu”.
2 de julho de 2017“Quem é este que manda até no vento e nas ondas?!”
4 de julho de 2017Evangelho – Jo 20,24-29
24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois:”Vimos o Senhor!”. Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei” 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
Peçamos ao Espírito Santo que amplie nossa capacidade de escuta ao que hoje Jesus quer nos falar…. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.
Temos no evangelho de hoje uma cena clássica da Bíblia, a da dúvida do discípulo. Antes de questionar sua ação, pensemos no quanto ela se tornou importante.
Embora por meio da incredulidade, Tomé se torna testemunha especial de uma ação grandiosa de Deus: a ressurreição de Jesus. Não bastando isso, ele também se torna motivação para a mensagem dita nessa cena: “Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
Estes de quem Jesus fala somos nós, aqueles que precisam acreditar em Suas verdades por meio do testemunho e não mais pela presença corpórea fisicamente comprovada. Afinal, o que temos hoje como motivação de fé? Temos concretamente as palavras deixadas na Bíblia, sendo, inclusive, as mais próximas de Jesus – os textos de Paulo – proferidas por quem não era seu contemporâneo. Assim, por inspiração da Bíblia, se ouvimos testemunhos, são testemunhos vindos do coração, por meio do discurso de todos os que hoje comunicam a Palavra de Deus.
Assim, o nosso desafio é ainda maior que o de Tomé, que ouviu a notícia sobre o Mestre diretamente de quem O tinha visto, e isso sem considerar o fator temporal que nos distancia ainda mais do Verbo Encarnado.
Mais que acreditar na verdade das palavras de Jesus, hoje, talvez nossa maior dificuldade seja acreditar todos os dias verdadeiramente. Manter acesa em nosso coração, independentemente do momento, nossa fé. Às vezes, vivemos momentos de intensa intimidade com Jesus, mas, às vezes, nosso coração fica árido, vazio e vivemos a cena de Tomé. “Cadê, você, Jesus?” é a pergunta que fazemos.
Tomé já tinha experiências de fé, já tinha motivos de sobra para crer no que seus amigos lhe contaram. No entanto duvidou, mostrando-se distante da essência do que já tinha aprendido e vivido.
Inevitavelmente, como humanos que somos, esses momentos de Tomé virão. São momentos, assim como o do discípulo, em que nos distanciamos de tudo o que sabemos e vivemos. Entretanto, quando sentirmos que estamos saindo da sintonia do Amor de Deus, precisamos silenciar nossa alma, para que a experiência de comunhão faça com que voltemos a escutá-Lo.
Nossa relação com Deus pode não se manter sempre com o mesmo calor (por nossas fraquezas), mas precisamos pensar nela como uma experiência de amor permanente. “Hoje me sinto longe, mas amanhã estará melhor porque seu de minhas falhas e tentarei me aproximar um pouco mais dAquele que amo. Não podemos nos sentir menos por isso, precisamos, sim, reavivar nosso amor. Assim foi naquele momento com Tomé.
Estamos muito acostumados a destacar os erros e justamente essa nossa cultura da culpa é que fez de Tomé emblema da dúvida, ao invés de colocar em primeiro plano uma belíssima passagem de quando Jesus é chamado a voltar à Judeia porque Lázaro estava doente. Os discípulos, por temerem pela vida do Mestre, não queriam deixá-lo ir. Tomé, porém, corajosamente se pronunciou: “Vamos também nós morrer com ele” (Jo, 11, 16).
Portanto, em nossos momentos de descrença, lembremos-nos do que já fomos capazes de fazer e dizer para afagar o coração de Deus e voltemos para o caminho do Amor.
Jesus, obrigada por ter depositado em Tomé uma das chaves para que eu possa em tender minhas fraquezas e aceitá-las para, finalmente, superá-las a cada dia. Eu creio profundamente em Você e trago um pedaço especial do meu coração para Você morar. Reconheço minha humanidade, assim como também minha vontade de superação. Não posso lhe prometer acertar sempre, mas manterei meus olhos, ouvidos e coração o mais abertos que conseguir para ouvir suas correções (assim como fez com Tomé no evangelho) para ser melhor.
Amém!
Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte