08 de setembro, 23º Domingo  Tempo Comum

Faça silêncio para escutar a Palavra. Procure um lugar confortável.

Peça ao Espírito Santo que te oriente nos passos leitura orante.

Leia o evangelho de Marcos 7,31-37

Leitura: o que o texto diz?

No Evangelho de hoje relata “a cura do surdo-gago”. Jesus restaura os ouvidos para ouvir e a boca para falar. E é isso que o homem curado faz. Também nós somos curados dos nossos ouvidos para ouvir a Palavra de Deus e da nossa boca para anunciar a Palavra, falar das boas coisas que Jesus fez e faz em defesa da vida.  

Meditação: o que o texto me diz?

Sem medo de se contaminar com a impureza de um pagão, Jesus não tem medo de transgredir a lei do puro e do impuro quando esta lei discrimina e desumaniza a pessoa humana. Jesus desobedece a Lei para restaurar a integridade física da pessoa e resgatar sua dignidade. “Abre-te”: esta é a única palavra que Jesus pronuncia em todo o relato. Expressão que desata as palavras emudecidas no interior daquele homem; expressão que desbloqueia a voz e os ouvidos, ou seja, restaura nele a capacidade da comunicação, de escutar e responder. Por isso, esse imperativo não está dirigido somente aos ouvidos do surdo mas ao seu coração.

Oração: o que o texto me faz dizer?

Peça ao Senhor a graça de reconhecer em Jesus o Messias enviado para a nossa salvação e proclamar as maravilhas que ele fez e nos convida a fazer.

Dê graças pela presença do Senhor em sua vida. Que sejamos capazes de estar atentos aos sinais dos tempos, ouvir, prestar atenção e praticar a Palavra de Deus.

Contemplação: o que o texto faz em mim?

O que é preciso “desbloquear” em seu interior? Capacidades adormecidas? (amor, ternura, alegria, generosidade, solidariedade, liberdade…); defesas protetoras que se converteram em armadura oxidada? (medos, retraimento, imagem idealizada…); “manias” nas quais se instala, costumes e rotinas que o mantém fechado em uma jaula de um falso conforto…?

Ação: como agir a partir deste evangelho?

Jesus pôs os dedos longe dos ouvidos dele e tocou-lhe a língua com a saliva. Levantando os olhos para o céu, suspirou e disse: “Efatá!” (que quer dizer: “Abre-te”). Só pode nascer um verdadeiro discípulo se as amarras da surdez e da garganta forem rompidas. É o que Jesus faz: abrindo-lhe os ouvidos e a boca ele saiu a divulgar o acontecimento. Esse gesto restaurador acontece conosco, no rito do nosso batismo, já nos iniciando para ser discípulo-missionário. Tornar-se discípulo de Jesus é deixar-se tocar por ele, ouvir sua Palavra e ir proclamar a Boa-Nova. Diz numa música a Ir. Miriam Therezinha Kolling:

Cada manhã, o Senhor desperta o meu ouvido

Para eu ouvir como discípulo.

Ouvir, prestar atenção,

Como discípulo, cada manhã.

Equipe Lectionautas