O vinho bom (João 2,1-11)
7 de janeiro de 2017Jesus cura a sogra de Pedro (MC 1, 29 – 39).
11 de janeiro de 2017“Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum, e, no sábado, ele foi ensinar na sinagoga. As pessoas que o escutavam ficaram muito admiradas com a sua maneira de ensinar. É que Jesus ensinava com a autoridade dele mesmo e não como os mestres da Lei. Então chegou ali um homem que estava dominado por um espírito mau. O homem gritou:
— O que quer de nós, Jesus de Nazaré? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou!
Então Jesus ordenou ao espírito mau:
— Cale a boca e saia desse homem!
Aí o espírito sacudiu o homem com violência e, dando um grito, saiu dele. Todos ficaram espantados e diziam uns para os outros:
— Que quer dizer isso? É um novo ensinamento dado com autoridade. Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem.
E a fama de Jesus se espalhou depressa por toda a região da Galileia.”
Na oração de hoje, vamos pedir ao Pai a graça de viver na união com Ele, como Jesus.
De onde vem a autoridade de Jesus? É a questão que o evangelista Marcos nos provoca com este Evangelho. O convite é deixar-nos admirar com esta autoridade, perceber a diferença dela e optar por ela, abrir-nos a que Ele tenha autoridade nas nossas vidas.
Quem tinha autoridade para ensinar naquela época eram os mestres da lei. Uma autoridade que vinha dos estudos, dos títulos, do conhecimento teórico das mais de 600 leis que vigoravam entre o povo. Não muito diferente de hoje, onde se exige um título de mestre ou doutor para ensinar. A autoridade que vem do título, no entanto, muitas vezes não é confirmada com uma vida que conhece e abraça a causa da vida do povo.
A autoridade de Jesus, vinha de quem? De onde? “As pessoas que o escutavam ficaram muito admiradas com a sua maneira de ensinar. É que Jesus ensinava com a autoridade dele mesmo.” Contemplar a cena. Colocar-se nela e ir com Ele até Cafarnaum, e depois até a sinagoga. Ver a decisão e os passos firmes de Jesus. De onde os tira? Com quem os discerne?
Ver como ensina, escutar o que Ele diz. Perceber seu sorriso, sua leveza, seu olhar. Mais do que ad-mirar (mirar de fora), deixar-nos tocar profundamente pela sua autoridade, por seu jeito de ensinar. Deixar que nos ensine, que oriente a nossa vida.
Experimentar a firmeza com que Jesus atua diante do homem dominado. Onde me coloco na cena? No lugar do homem, dominado por “espíritos maus” de vícios, preguiças, impaciências, rancores….? No lugar dos discípulos, que acompanham Jesus? No lugar das pessoas da sinagoga, admiradas com Ele? No lugar de Jesus, também ensinando com autoridade e libertando os demais?
“Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou!” Foi o que o espírito mau falou, porque ele experimentava a autoridade que vinha de Jesus e tinha poder (exousia) sobre ele. E eu, o que sei de Jesus? Saber não de teoria, mas de sabor – o que experimento dele? Qual a minha confissão de fé?
Vamos pedir ao Espírito Santo que nos abra para permitir que o olhar, o sorriso, a leveza e a firmeza do Senhor tenham autoridade sobre as nossas vidas.
Tania Pulier, comunicadora social, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei