Como crianças, no Reino (Mateus 18,1-5.10)
2 de outubro de 201527º Domingo do Tempo Comum – Ano B
3 de outubro de 2015“Os setenta e dois voltaram muito alegres e disseram a Jesus:
— Até os demônios nos obedeciam quando, pelo poder do nome do senhor, nós mandávamos que saíssem das pessoas!
Jesus respondeu:
— De fato, eu vi Satanás cair do céu como um raio. Escutem! Eu dei a vocês poder para pisar cobras e escorpiões e para, sem sofrer nenhum mal, vencer a força do inimigo. Porém não fiquem alegres porque os espíritos maus lhes obedecem, mas sim porque o nome de cada um de vocês está escrito no céu.
Naquele momento, pelo poder do Espírito Santo, Jesus ficou muito alegre e disse:
— Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso.
— O meu Pai me deu todas as coisas. Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e também aqueles a quem o Filho quiser mostrar quem o Pai é.
Então Jesus virou-se para os discípulos e disse só para eles:
— Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Eu afirmo a vocês que muitos profetas e reis gostariam de ter visto o que vocês estão vendo, mas não puderam; e gostariam de ter ouvido o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram.”
Encerrando mais uma semana, vamos colocar nas mãos do Pai através de Jesus nossa missão e tudo o que vivenciamos ao longo dessa semana. Voltar a Ele e recapitular com Ele o vivido, numa profunda gratidão por Ele desejar passar pelas nossas vidas, chegar a outros através de nós, mesmo em nossa pequenez.
Os discípulos voltaram alegres pelo poder que o Senhor lhes deu de reintegrar as pessoas, de tirar delas tudo o que lhes causa divisão. “Eu dei a vocês poder para vencer a força do inimigo.” É o poder que Ele nos dá, e convida à fé de que não há força semelhante à do Seu amor em nossas vidas. Recolher também nós com Ele os momentos vividos na semana em que Seu amor foi mais forte em nós e através de nós.
O convite, no entanto, é a alegrar-nos com algo muito mais profundo e estável. “Não fiquem alegres porque os espíritos maus lhes obedecem, mas sim porque o nome de cada um de vocês está escrito no céu.” Não é pelos feitos. E é até bem mais do que por ser instrumento. É pelo lugar que o Pai nos dá junto a si, pelo valor que temos aos seus olhos. “Você é preciosa aos meus olhos, é digna de estima e eu te amo.” (Is 43,4)
Esta é a alegria de Jesus, pela qual Ele dá graças e nos convida a agradecer ao Pai com Ele: “Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso.” Que bela oração Ele nos convida a fazer aqui! E tão mais bela será quanto de fato vermos o que Jesus está vendo, a sabedoria e a revelação que o Pai dá aos pequeninos e quanto isso lhe agrada.
A comunhão que Jesus tem com o Pai é o que Ele quer que vivamos, nos quer dar como dom, o dom de ser filhos no Filho e viver assim de fato. Essa é a maior alegria, o que de maior os olhos podem ver, o que de melhor os ouvidos podem ouvir. A experiência do amor.
Peçamos-lhe, então, um coração de pequenino, capaz de acolher este presente.
Tania Pulier, comunicadora social – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner