Morada de Deus (João 14, 21-26)
19 de maio de 2014Unido a mim dará muito fruto (Jo 15, 1-8)
21 de maio de 2014“Eu deixo para vocês a paz, eu lhes dou a minha paz. A paz que eu dou para vocês não é a paz que o mundo dá. Não fiquem perturbados, nem tenham medo.
Vocês ouviram o que eu disse: ‘Eu vou, mas voltarei para vocês’. Se vocês me amassem, ficariam alegres porque eu vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Eu lhes digo isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês acreditem.
Já não tenho muito tempo para falar com vocês, pois o príncipe deste mundo está chegando. Ele não tem poder sobre mim, mas vem para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, e é por isso que faço tudo o que o Pai me mandou.”
Uma canção já dizia: “A paz que é tão sonhada, cantada em canções tão lindas, só chegará até nós quando ouvirmos a voz do Senhor”. Paz: talvez seja uma das palavras mais pronunciadas em nosso mundo que tanto carece dela! O mundo a oferece em seguros de vida, planos funerários, previdências privadas, condomínios fechados, seguranças particulares, carros blindados, spas… onde mais? Como é esta “paz”? Quais sensações nos provocam? A quais anseios de nosso coração estas e outras ofertas atuais são capazes de responder? E a quais não? O que temos empenhado de tempo e energia para buscar esta paz?
Jesus também nos oferece a paz, mas outra. “Eu deixo para vocês a paz, eu lhes dou a minha paz. A paz que eu dou para vocês não é a paz que o mundo dá. Não fiquem perturbados, nem tenham medo. Uma paz desafiadora, que precisa até da escuta do seu “Não temais”. Uma paz que não deixa no mesmo lugar, instalados. Uma paz que tira da zona de conforto, por isso precisa também de ouvir o “Não fiquem preocupados”.
É a paz do Senhor. Como ela é? Em nossa oração, contemplar a sua vida e fazer a Ele esta pergunta: “Que paz é esta que você viveu e nos deixa de herança?”
Quando Jesus deixa a herança da sua paz aos discípulos, está prestes a ser julgado, condenado e morto pelo “príncipe deste mundo”. Mas vai até o final no seu amor ao Pai e às pessoas, não volta atrás, mas transforma o derramamento de sangue em oferenda.
Uma paz conciliável com a dor? Com a injustiça? Com a incompreensão? Com o sofrimento? Com a morte? Se nada disso a que mais tememos tira esta paz, o que ou quem poderá tirá-la?
De fato, Jesus não nos oferece uma vida sem problemas. Nunca fez esta promessa. Mas oferece aqui a paz que nada nem ninguém pode tirar, sobre a qual “o príncipe deste mundo” não tenha poder, ainda que tenha poder sobre nossas situações de vida.
Qual paz escolhemos para nós?
Vamos pedir ao Senhor que nos una ao Pai para que tenhamos a Sua fortaleza de escolher a paz profunda que Ele nos oferece e nosso coração deseja; e que faça de nós promotores desta paz em meio aos ambientes em que nos encontramos.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner