Jesus cura uma mulher e uma menina (MT 9,18-26)
9 de julho de 2018Ora et labora
11 de julho de 2018Leitura: Mateus 9, 32-38
Naquele tempo: Apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel.” Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios.” Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “ A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
Palavra da Salvação
ORAÇÃO
A leitura de Mateus nos convida a refletir sobre as várias formas de aproximação que Cristo nos propõe.
“Apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar.”
Podemos nos perguntar, diante desta passagem, o que nos faz mudos diante das várias situações que se apresentam em nossa vida… O que nos torna confusos e não nos permite agir, fazendo-nos silenciar diante de fatos que podem até mesmo comprometer nossos direitos e nossa dignidade?
Jesus demonstra a profundidade do seu amor e do seu cuidado para conosco. Ele nos liberta do demônio, do diabólico, do que nos divide e nos torna confusos. E só quando estamos livres dos nossos conflitos, das nossas confusões e das nossas dificuldades de escolha é que podemos falar, nos posicionar, nos manifestar.
Este é o primeiro convite que esta passagem nos faz: que nos libertemos, que mudemos de posição, que nos fortaleçamos em nossas escolhas e que elas sejam inspiradas pelo Santo Espírito de Deus.
Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios.”
Impressiona pensar na nossa condição humana, tão fácil de se confundir, tão frágil nas suas convicções e crenças ao ponto de, diante da generosidade de Cristo em nos permitir falar, em nos libertar do mutismo, em nos conceder a palavra, ainda não consigamos identificá-Lo como responsável pela nossa libertação, atribuindo o mérito a outras pessoas ou coisas que se oferecem o tempo todo para nós como a solução dos nossos problemas…
“Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.”
Tem-se tornado frequente nos nossos dias perguntar por que o tempo passa tão rápido, por que nos sentimos sempre tão cansados, por que fazemos tanta coisa e nem sempre nos sentimos realizados com nossas ações…
Imagino que Jesus perceba, nestes nossos questionamentos diários, uma vez mais nossa confusão e nossa falta de discernimento. E ainda assim Ele se compadece de nós infinitas vezes, por entender que o que nos abate e cansa é o fato de vivermos como ovelhas sem pastor. Isso nos faz ficar sem rumo, gastando nosso tempo e nossa energia em investimentos que não nos trazem resultados satisfatórios, que não são capazes de nos deixar alegres e realizados em nossas vidas.
“Então disse a seus discípulos: “ A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
E Jesus nos aconselha que peçamos ao Pai de amor e de bondade que envie trabalhadores para a Sua colheita. Que Ele chame pelo nome aqueles que podem contribuir com a colheita, que podem ser instrumentos do Seu amor neste mundo tão perdido e desolado.
E desta forma, façamos nossa oração ao Pai colocando em suas mãos a nossa disposição de também contribuir para construção do Seu Reino, de também sermos operários para a Sua messe.
Maria Luzia de Moraes Fonseca, Família Verbum Dei, Belo Horizonte