Qual o sentido do seu riso e das suas lágrimas? (Lucas 7, 31-35)
20 de setembro de 2017Porque são fieis, produzem frutos – Lc 8, 4 -15
23 de setembro de 2017Leitura: Mateus 9,9-13
Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu. E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].
À mesa com os pecadores
Jesus vê Mateus durante seu trabalho de recolhedor de impostos e logo o convida para segui-lo. Mateus prontamente se levanta e decide segui-lo. A profissão de Mateus era frequentemente opressora, mas não por isso Jesus escolheu marginalizá-lo. Observando o pecador, Jesus poderia ter logo o condenado, porque tinha poder para isso, ou poderia simplesmente ter ignorado a sua existência ali. Mas além de não fazer nada disso, Jesus optou por chamá-lo à convivência com ele e quis estar rodeado por pessoas como Mateus, publicanos e pecadores, à mesa.
Qual tem sido a nossa atitude diante do pecador? Nós marginalizamos, ignoramos ou acolhemos o nosso próximo? Se o próprio Deus quis lidar com a fraqueza humana, capaz dos mais perversos pecados, por que o nosso movimento frequentemente é de nos afastarmos daqueles que julgamos mais pecadores que nós mesmos? De fato, temos noção do nosso próprio pecado? Jesus hoje vem nos mostrar a necessidade de uma cristandade acolhedora, que seja condizente com a nossa vontade de imitar o Cristo. O próprio Deus quis estar com os pecadores, aqueles que precisavam de resgate espiritual, de salvação da alma, de perspectiva de vida, de dignidade. Seremos hipócritas demais se, pecadores como somos, quisermos ignorar a humanidade que precisa de nós.
Rezemos hoje para que Jesus nos ajude nessa acolhida do pecador. O nosso propósito de uma vida de caridade nos faça buscar aqueles que vivem em pecado, chamando-os à dignidade dos filhos de Deus.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de BH/MG