A dúvida que leva à fé (Jo 20, 24-29)
3 de julho de 2014Renovando-se (Mt 9, 14-17)
5 de julho de 2014Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.
Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
Na minha oração, sinto uma enorme alegria. Jesus torna nossa vida mais leve. Retira de nós o peso da pré-condenação: isto pode, aquilo não pode, quem faz isto está salvo, quem faz aquilo está condenado.
O Espírito me lembra que não é uma questão de ser leviano, de relaxar na busca do Reino de Deus, pois o “programa de vida” apresentado por Jesus é muito exigente.
“Eu, porém, lhes digo: todo aquele que fica com raiva do seu irmão, se torna réu perante o tribunal. Quem diz ao seu irmão: ‘imbecil’, se torna réu perante o Sinédrio; quem chama o irmão de ‘idiota’, merece o fogo do inferno” (Mt 5, 22)
“Se a mão direita leva você a pecar, corte-a e jogue-a fora! É melhor perder um membro do que o seu corpo todo ir para o inferno” (Mt 5, 30)
“Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda!” (Mt 5, 39)
“Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês!” (Mt 5, 44)
Apenas para lembrar de alguns pontos do programa.
Porém, Ele me chama a atenção para a direção das exigências. As exigências são voltadas para mim e não para o outro. De mim devo exigir atitudes coerentes com a fé que professo, com o outro devo me abrir para a alegria do encontro.
No encontro misericordioso, dou ao outro a oportunidade de experimentar o Deus que carrego dentro de mim.
Rezar a leitura de hoje me leva a entender que a porta para Deus se manifestar através de mim é a misericórdia. Nada adianta mil sacrifícios se eles não incluem a possibilidade de levar a misericórdia de Deus aos que mais precisam.
O Espírito me diz que, toda vez que eu sentir a vida pesada, devo desconfiar de que está faltando misericórdia, a começar por mim. Será que estarei agindo com misericórdia para comigo mesmo? Não nos aceitarmos pode ser um sinal da falta de auto-misericórdia.
A vida se torna muito pesada quando tento impor normas rígidas de comportamento. Quase sempre nos equivocamos e as normas de comportamento são estereótipos que criamos para nos proteger da vivência plena, do abandono nas mãos de Deus.
Na oração de hoje, sinto o olhar carinhoso de Jesus sobre todos nós. Na criação de laços fraternos, Ele confia que a semente do Reino vai-se espalhando, crescendo e frutificando. Se Ele confia, quem sou eu para duvidar?
Hoje eu renovo o compromisso de me tornar mais misericordioso. Aceitar as diferenças. Promover a paz, pela solidariedade, com todo aquele que estiver sofrendo, que for desprezado, seja pela condição social ou racial, pela cor, pela escolha religiosa, pela orientação sexual.
Trindade Santa, que habita na fragilidade do meu ser, socorra-me da fraqueza de me sentir poderoso para impor regras e me ajude a viver a leveza de Seu jugo misericordioso. Amém!
João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG