Amarás o Senhor teu Deus de todo coração…
20 de março de 2020“…eu era cego e agora vejo!”
22 de março de 202021/03/20 (sábado da 3ª sem. Da quaresma): Lc 18,9-14 – A humildade na oração!
- Leitura: O que o texto diz?
Leia atentamente Lc 18,9-14. Essa é uma das inúmeras parábolas que Jesus está contando a seus discípulos a caminho de Jerusalém. Ele quer exortar àqueles que “confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros (v. 9). Ponha-se junto aos discípulos na escuta atenta dessa parábola e imagine-se nela. Observe como o fariseu e o cobrador de impostos estão indo ao templo. Qual a postura de cada um e como estão fazendo a oração deles. O que dizem no íntimo deles? Que gestos você está observando nessa cena? O que acontece ao final da parábola? Como Jesus conclui seu ensinamento? Perceba como os discípulos e você reagiram depois disso.
- Meditação: O que o texto me diz?
Retome o texto e veja como esta parábola mexeu com você. Que partes dela mais te tocaram. O que os gestos de cada um rezar revelam a você? Que palavras na oração de cada um tocaram você? Elas fazem te lembrar algo na maneira de você falar com Deus? Alguma vez você orou como o fariseu apresentando seus feitos? Ou como o cobrador de impostos, ficando à distância e sem levantar os olhos para Deus? Como o final da narrativa tocou você?
- Oração: O que o texto me faz dizer?
O tema da oração é muito pertinente nos ensinamentos de Jesus. Depois da Palavra de Deus ter provocado você, agora é hora de respondê-la! O que a oração do fariseu faz você dizer a Deus? Ela te impulsiona a pedir perdão pelas vezes que você confiou mais em você mesmo do que Nele? Em que momentos você quis se elevar e se julgar acima dos outros? Quanto aos gestos do cobrador de impostos, eles refletem humildade e abandono nas mãos de Deus. É hora então de reconhecer-se pequeno, não num tom de autojulgamento, mas na postura de alguém que assume suas limitações e passa a confiar na ação misericordiosa de Deus. Um bom exercício desse abandono é repetir a oração do cobrador de impostos “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”, deixando-se envolver por ela e sentir a paz do Senhor.
- Contemplação: O que o texto faz em mim?
A mensagem dessa parábola certamente caiu em seu coração. A oração do cobrador de impostos foi aquietando seu coração das inúmeras preocupações que muitas vezes querem dificultar sua conversa com Deus. Reconhecendo-se pequeno e fazendo ecoar no seu íntimo a oração “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”, deixe-a provocar o silêncio que vai aquietando o seu coração. Seja contagiado pela paz que vem de Deus e repouse em seus braços.
- Ação: O que o texto me faz agir?
A experiência de abandono nos braços de Deus vai gerando em nós paz e segurança. Passo a passo vamos assumindo nosso verdadeiro lugar, sem estar acima ou abaixo de alguém. Isso nos impulsiona a tomar uma postura de acolhimento ao invés de desprezo ou de discriminação aos outros. Procuremos praticar isso diariamente e perceber que esse caminho gera vida onde quer que estejamos.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ