Não perderei nenhum que me foi dado (Jo 6,35-40)
7 de maio de 2014E seus olhos se abriram (At 9,1-20)
9 de maio de 2014“Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna.
Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”
Nesta semana temos percorrido o capítulo 6 do evangelho segundo João, em que Jesus, após a multiplicação dos pães, no início do capítulo, procura conduzir a multidão ao entendimento de que Ele é o verdadeiro pão vivo que desceu do céu para dar vida ao mundo.
Os trechos do evangelho, apresentados a cada dia, giram em torno do mesmo assunto, porém vão incluíndo, passo a passo, novos elementos.
Hoje, Jesus nos apresenta a graça de Deus. Nós recebemos de Deus a graça da fé. Ser atraído para Jesus é um dom que recebemos do Pai.
Penso que verificar como esta graça se desenvolve em nós, poderia ser o centro de nossa oração hoje. Nós aceitamos ou não aceitamos este dom? Com qual intensidade? Pois é verdade que o dom nos foi dado, mas, também é verdade, que em nossa liberdade podemos aceitá-lo ou não.
Jesus descreve três ações necessárias para que a graça da fé nos chegue: o Pai nos atrai, nós escutamos o Pai e o Pai nos instrui.
Contudo, Ele também afirma que ninguém viu o Pai, a não ser aquele que veio de junto de Deus.
Se não o vejo, como serei, então, atraído pelo Pai, de tal forma que eu possa ir até Jesus?
Lembro-me da narrativa da criação em que Deus soprou nas narinas do homem, modelado na argila, e o tornou um ser vivente (Gn 2,7).
Daí, em minha oração, constato que todas as situações, a todo momento, nos atraem para o Pai, pois a vida, que pulsa em nosso ser, é sustentada por Ele e, a cada acontecimento, Ele procura nos atrair. Contudo, como estamos mais preocupados em ter o controle da situação, não percebemos os sinais que Ele nos dá.
Quero, na minha oração de hoje, entregar, nas mãos de Cristo, a minha necessidade de ter o controle das situações. Controle que não permite o surgimento da novidade, que me impede tanto de perceber os sinais que Deus me faz, como, também, de utilizar mais do meu tempo para escutá-lo.
Quero viver com mais liberdade, permitindo que o Pai me conduza, na sua graça até o seu Filho.
Peço a minha mãezinha querida, Maria mãe de Jesus, que me acompanhe. Ela, que é cheia de graça, seja minha inspiração e possa me auxiliar nesta caminhada. Amém!
João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG