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Lc 5, 17-26 – A CURA DO PARALÍTICO
- Leitura: o que o texto diz?
O Evangelho narra a ação de homens no telhado, descendo um paralítico onde Jesus estava ensinando para curá-lo. O acesso a Jesus era dificultado pela multidão. O Senhor conhecendo os pensamentos dos escribas e fariseus, resolve fazê-los refletir da dureza de coração. A ordem não é só levanta-te e anda para o paralítico, mas levanta-te, pega teu leito e vai para casa! Quem vê, glorifica a Deus pela obra maravilhosa.
- Meditação: O que o texto me diz?
O que o texto narra é a ousadia dos homens que carregam um paralítico, incapaz de se locomover. Foi preciso a fé para fazer todos eles vencerem os obstáculos e conseguirem a cura. O texto me diz muito da dinâmica da fé! É confiar; é esperar e agradecer. Onde não consigo sozinho, aparecem aqueles que me ajudam a alcançar o que necessito. Estes são os amigos espirituais.
- Oração: O que o texto me faz dizer?
A confiar, a entregar e ter atitude missionária. Precisamos olhar ao nosso lado e observar onde está o lugar da evangelização de hoje, de jogar a Palavra e de apresentar Jesus pela nossa fé. O Papa Francisco nos fala das “Periferias existenciais”. Antes a evangelização se expandia fora de nós, agora ela tem que expandir dentro de cada um de nós. A urgência do Evangelho está estampada no rosto do irmão, como foi a ajuda dos homens ao paralítico. Se eu não vejo quem precisa de mim, não vejo o Cristo. O texto me leva RECONHECER JESUS, no hoje e na necessidade do outro.
- Contemplação: o que o texto faz em mim?
O Espírito Santo nos visita a todo instante. O que o texto faz em mim é abrir meu coração para acontecer as melhores coisas pela atitude de fé. Não posso ter atitude farisaica e dos escribas do Evangelho: viver lamentando, sem atitude! Sou visitado por Deus, para ter ESPERANÇA de fazer algo diferente no mundo. Não posso deixar que minha fé, seja morta e sem obras. Ao visitar e ajudar quem precisa, eu me alegro, porque minha fé gerou a vida que Deus quer de mim.
- Ação: o que eu posso fazer a partir do texto?
A ação é como a atitude que tem Jesus dos homens cheios de fé: fazer o bem e bem. Santo Agostinho nos fala: “Não basta fazer coisas boas – é preciso fazê-las bem.” A misericórdia de Deus não entra num coração fechado. Não adianta querer buscar a Deus longe, se no cotidiano da minha vida não o encontro. Ele está no meio de nós. Não basta só passar pela Eucaristia é preciso se deixar ser “eucaristizado”, ou seja, deixar Jesus tomar nosso pensamento, nosso viver e todo nosso ser. Quando acaba a Santa Missa, aí continua nossa missão. Podemos fazer nem que seja algo pequeno para mudar a vida de alguém!
Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, padre da diocese de Luz-MG, membro da Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2.