Acreditam que eu possa fazer isso? (Mt 9,37-31)
5 de dezembro de 2014“Ó Senhor Todo-Poderoso, como são felizes aqueles que confiam em ti”
7 de dezembro de 2014“Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa-Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade.
Ao ver as multidões, Jesus compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.
Então, disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”
E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
Enviou-os com as seguintes recomendações: Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!”
A missão dos Doze é participação na missão de Jesus Cristo. Assim como no Antigo Testamento, em que a misericórdia está na origem da decisão de Deus de libertar o seu povo da casa da servidão (Ex 3,7ss), no evangelho a compaixão é que leva Jesus a agir e viver para os outros e buscar colaboradores para que todas as pessoas sejam assistidas em suas necessidades. É com e por esse sentimento divino que os Doze são enviados em missão e devem realizá-la. A compaixão deve mover o seu coração, pois o discípulo deve ser como o Mestre. A missão era e sempre será muito maior do que o número dos que são enviados. Por isso será preciso suplicar Àquele que tudo conhece, e de quem todo verdadeiro bem procede, de enviar sempre mais operários para o trabalho de colheita na sua vinha. O poder dado aos Doze para missão é o Espírito Santo (cf. At 1,8). Podemos ainda dizer que o poder que Jesus dá aos Doze para a missão é o seu próprio poder, a saber, a capacidade de amar verdadeiramente as pessoas. O anúncio da proximidade do Reino de Deus deve ser acompanhado de gestos que libertem as pessoas do mal. O mal desfigura o ser humano, o desumaniza e o impede de ceder à atração de Deus. O que eles receberam sem mérito, eles devem comunicar: o Espírito Santo.
Carlos Alberto Contieri, sj