Se alguém me quer servir,siga-me. (Mateus 12, 24-23)
10 de agosto de 2013Por mim e por ti… (Mt 17,22-27)
12 de agosto de 2013
LECTIO DIVINA
Décimo Nono Domingo do Tempo Comum – Ano C
11 de agosto de 2013
“Feliz a nação que tem o Senhor como seu Deus!
Feliz o povo que Deus escolheu para ser dele!”.
Salmo33.12
PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
Espírito de santidade,
alento divino que move o universo,
vem e renova a face da terra.
Suscita nos cristãos
o desejo da plena unidade,
para serem, verdadeiramente,
no mundo, sinal e instrumento
da íntima união com Deus
e da unidade do gênero humano.
Beato João Paulo II
(Fragmento[1])
(Cardeal Verdier)[2]
TEXTO BÍBLICO: Lucas 12.32-34,36-42
[2]Breve resenha do Cardeal Verdier: http://heraldicaargentina.blogspot.com/2011/10/cardenales-en-el-congreso-eucaristico_07.html
32Jesus continuou:
– Meu pequeno rebanho, não tenha medo! Pois o Pai tem prazer em dar o Reino a vocês. 33Vendam tudo o que vocês têm e deem o dinheiro aos pobres. Arranjem bolsas que não se estragam e guardem as suas riquezas no céu, onde elas nunca se acabarão; porque lá os ladrões não podem roubá-las, e as traças não podem destruí-las. 34Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês.35-36Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir.37Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá.38Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde.39Lembrem disto: se o dono da casa soubesse a que hora o ladrão viria, não o deixaria arrombar a sua casa.40Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando.41Então Pedro perguntou:
– Senhor, essa parábola é só para nós ou é para todos?
42O Senhor respondeu:
– Quem é, então, o empregado fiel e inteligente? É aquele que o patrão encarrega de tomar conta da casa e de dar comida na hora certa aos outros empregados.
1. LEITURA
Que diz o texto?
P. Daniel Kerber
Algumas perguntas para ajudar-te em uma leitura atenta…
Por que não é preciso ter medo? Em que lugar o ladrão não pode assaltar? Que atitude têm os “felizes”? Para quem é a parábola?
Algumas considerações para uma leitura proveitosa…
Depois da advertência sobre a cobiça e o perigo das riquezas que lemos no domingo passado, Jesus convida seus discípulos à plena confiança com a imagem dos pássaros do céu e a dos lírios do campo, que são cuidados por Deus – quanto mais cuidará Deus de seus filhos! (Lc 12.22-31). No evangelho de hoje, Jesus continua com o tema da confiança e prossegue ensinando sobre a vigilância e a responsabilidade.
O texto é um discurso de Jesus, interrompido por uma pergunta de Pedro, no v. 41. Podemos distinguir três partes: na primeira (vv. 32-34), Jesus conforta seus discípulos e convida-os a vender tudo e ter um tesouro no céu; a segunda (vv. 35-40) apresenta duas parábolas sobre a vigilância, e a terceira parte (vv. 41-48) fala da fidelidade ao que o Senhor pede.
O texto começa com uma frase que desperta uma confiança surpreendente: “Meu pequeno rebanho, não tenha medo! Pois o Pai tem prazer em dar o Reino a vocês” (v. 32). O Reino é, sobretudo, dom do Pai, que escolhe os pequenos, os discípulos, para que lhes seja entregue. Este dom supõe também uma correspondência, uma correspondência radical; por isso, prossegue: “Vendam tudo o que vocês têm… e guardem as suas riquezas no céu” (v. 33). E conclui com a explicação: “Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês. (v. 34).
A atitude do discípulo ante o dom do Reino deve ser de vigilância, porque o Senhor vem, mesmo que não se saiba quando. Esta vigilância está expressa de diversas maneiras: “Estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservam as lamparinas acesas” (v. 35); “fiquem acordados” (v. 37); “fiquem alertas” (v. 40). Todas estas imagens dão a entender que é necessário uma atitude de atenção, de esforço, de serviço. Isto supõe vencer o cansaço da noite para vigilar (nos textos bíblicos, muitas vezes se identifica o pecado com a noite: cf. 1Ts 5.5-7) e permanecer alertas, como quem cuida de sua casa para que não a roubem. No entanto, todo esse esforço não tem comparação com a recompensa: “…o próprio (Senhor) se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá” (v. 37).
A última parte do texto começa com a pergunta de Pedro; o Senhor, porém, não lhe responde diretamente. Jesus continua a ensinar sobre a fidelidade e a responsabilidade daqueles a quem se encomenda um bem. Recordemos que no v. 32 se disse que o Pai deu o Reino aos discípulos. Esse dom não permite negligência: é preciso doar-se totalmente para corresponder Àquele que teve confiança em nós.
Mais uma vez se insiste na ignorância sobre o momento da vinda: “Então o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe” (v. 46; cf. v. 40). Esta ignorância não é negativa, mas quer colocar-se como estímulo para que os discípulos estejam sempre atentos, servindo aos demais, na espera da vinda definitiva do Senhor.
2. MEDITAÇÃO
O que o Senhor me diz no texto?
Comecemos nossa meditação com as palavras do Papa Franciscona Vigília da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013:
“Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim a nossa vida de discípulos do Senhor. Descrevendo os cristãos, São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo superior à Copa do Mundo! Algo superior à Copa do Mundo! Jesus oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda, de uma vida feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim, na vida eterna. É o que nos oferece Jesus, mas pede para pagarmos a entrada; e a entrada é que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé.[1]
Agora perguntemo-nos:
Que tipo de tesouros você tem que “o ladrão não pode roubar nem a traça destruir”? Você dedica um tempo de intimidade para falar com Deus? Você está realmente acolhendo o Reino? Você está preparado para a vinda do Mestre?
3. ORAÇÃO
O que respondo ao Senhor me fala no texto?
Santa Teresa de Lisieux convida-nos a reconhecer nossas pequenez frente ao grande amor de Jesus; por isso, oremos com humildade:
AO AMOR DOS AMORES, JESUS SACRAMENTADO
Sacrário do Altar,
O ninho de teus mais ternos e abnegados amores.
Amor me pedes, meu Deus, e amor me dás;
teu amor é amor de céu,
e o meu, amor misturado de terra e céu;
o teu é infinito e puríssimo;
o meu, imperfeito e limitado.
Seja eu, meu Jesus, a partir de hoje,
todo para Ti, como Tu o és para mim.
Que eu te ame sempre, como te amaram os Apóstolos;
e meus lábios beijem teus pés benditos,
como os beijou Madalena convertida.
Olha e escuta os extravios de meu coração arrependido,
como escutaste Zaqueu e a Samaritana.
Deixa-me reclinar minha cabeça em teu sagrado peito,
como teu discípulo amado São João.
Desejo viver contigo, porque és vida e amor.
Amém.
Santa Teresa de Lisieux
4. CONTEMPLAÇÃO
Como ponho em prática, me minha vida, os ensinamentos do texto?
Senhor, inundas meu ser:
“A terra está cheia do seu amor!” (Sal 33.5)
5. AÇÃO
Com que me comprometo para demonstrar mudança?
Perante a pergunta de Pedro, o Mestre faz-lhe ver a responsabilidade do “mordonmo:
Como estou encorajando minha família e meus amigos a receber o Reino?
Como estou animando outros para que não acumulem riquezas vazias?
“A oração é uma degustação antecipada do céu,
faz com que uma parte do paraíso baixe até nós”.
São João Maria Vianney
[1]http://www.vatican.va/holy_father/francesco/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130727_gmg-veglia-giovani_po.html