“O Senhor protege os que não podem se defender.”
16 de setembro de 2018“Então ele chegou mais perto e tocou no caixão”
18 de setembro de 2018Evangelho – Lc 7,1-10
Bom dia amigos!
Obrigada, Amado Pai, por poder iniciar mais uma semana de trabalhos, estudos, desafios e enfrentamentos, na certeza de Sua presença constante.
Chama-nos a atenção a fé do personagem do evangelho de hoje. Ele não queria incomodar e também não se sentia digno de receber a ilustre presença de Jesus em sua casa, mas sabia que a palavra do Mestre tinha poder. Ele entregou sua necessidade por completo nas mãos de Jesus e confiou cegamente.
Fico me perguntando: quantas vezes preciso que Deus realize alguma coisa em minha vida, rezo, imploro para que Ele o faça, mas, no fundo, não acredito que tal coisa acontecerá?
No mundo desconcertado em que vivemos, estamos tão acostumados com a não realização de nossos anseios, estamos tão acostumados com notícias negativas que não conseguimos, muitas vezes, abandonarmos-nos nas mãos de Deus tal como o centurião do texto de hoje.
Precisamos nos exercitar quanto à confiança que depositamos em Deus. Ser perseverantes na fé não significa apenas acreditar na existência e no amor desse Pai, mas depositar verdadeiramente nossas expectativas em Suas mãos. Ter consciência de que Ele sabe, muito antes de nós mesmos, sobre nossas necessidades e sobre o que precisa fazer por cada um de nós.
O que nos falta, por outro lado, é uma sintonia com o tempo de Deus. Por isso, contemplemos a ação de cura do evangelho de hoje e peçamos ao Espírito Santo nos ajude a sincronizar o nosso tempo com o tempo de Deus para, assim, sermos mais firmes na crença de que Sua ação é certa.
É interessante fazermos uma analogia com a nossa vida para entendermos um pouco mais sobre a admiração que Jesus sentiu ao perceber a fé tão forte do centurião. Na nossa experiência de vida, temos exemplos de pessoas nas quais sabemos que podemos confiar e a elas recorremos para pedir certos favores. Entretanto, essa confiança não nasce do nada, mas do conhecimento que vamos aprofundando acerca dessas pessoas.
Analogamente, podemos entender a fé do patrão que intercede por seu funcionário no texto de hoje. Certamente ele já tinha ouvido falar sobre os milagres de Jesus ou tinha ouvido suas pregações o suficiente para ter noção de Sua capacidade. Em outras palavras, ele conhecia aquele a quem se dirigiu.
Assim, também nós, se não nos abandonamos plenamente nas mãos de Deus, isso é sinal de que precisamos investir mais em conhecê-Lo melhor. Conhecendo-O de verdade, não perderíamos as expectativas. Como conhecê-lO? Por meio de nossa experiência orante. Nossas orações são capazes de nos colocar em profunda conexão com o Pai a ponto de sentirmos um canal aberto de comunicação e de duas vias: nós falamos, mas também conseguirmos discernir a voz de Deus no nosso coração. Essa experiência nos fará conhecer Deus de tal forma que não vacilaremos enquanto esperamos Sua direção de nossa vida.
Tarefa para a semana: fazer de “minhas” orações um caminho mais contínuo, sem hiatos, sem interrupções, para que minha experiência de conhecer Deus se aprofunde e “me” faça parar de vacilar na fé. Assim, “conseguirei” banir aos poucos os pensamentos negativos e os momentos de desistência na minha vida.
Meditemos também com base no trecho do Salmo (Salmo – Sl 27 (28),2. 7. 8-9 (R. 6):
Minha força e escudo é o Senhor;
meu coração nele confia.
Ele ajudou-me e alegrou meu coração;
eu canto em festa o seu louvor.
Amém!
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte