Natividade de São João Batista
24 de junho de 2015Lepras de nosso tempo
26 de junho de 2015Leitura: Mateus 7,21-29
“Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que expulsamos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres? Então eu lhes declararei: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade’. Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras e as põe em prática será comparado ao homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha. Por outro lado, todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado ao homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela desmoronou. E foi grande a sua ruína!” Aconteceu que ao terminar Jesus essas palavras, as multidões ficaram extasiadas com o seu ensinamento, porque as ensinava com autoridade e não como os escribas.
Oração: Não é o bastante
Jesus nos diz que não é suficiente chamá-lo, louvá-lo e aclamá-lo para pertencer ao Reino dele. O essencial é praticar a vontade do Pai, e sabemos que essa vontade reside nas palavras de Jesus, o verbo de Deus. Essa advertência para nossa oração de hoje é capaz de nos dar uma grande sacudida, quanto à necessidade de repensarmos nossa vida espiritual e religiosa.
Que cristãos somos? Se somos aqueles que celebramos a eucaristia em todos os fins de semana, jejuamos nos momentos oportunos, rezamos terços e rosários avidamente, entoamos cânticos diários à beleza de Deus, andamos com cordões religiosos dependurados no pescoço e expomos nossa adoração e louvor a Deus em tudo quanto fazemos, Jesus vem nos dizer: Não é o bastante. Pior que isso. No momento final, ao nos encontrar, irá nos falar: Não te conheço, nunca te conheci. Ou seja, será o momento de Jesus nos negar, em resposta a todas as negações que o demos na vida terrena. Se negamos Jesus na caridade com o próximo e os mais sofridos, Jesus nos dirá: Veja só, quando tive fome não me destes de comer, quando tive sede não me destes de beber, quando era forasteiro não me acolhestes, quando estive nu não me vestistes, quando estive doente não me visitastes e quando estive preso não viestes ver-me.
Hoje Jesus nos lembra que devemos ser vigilantes na vivência do bem. Vem nos alertar que o seu seguimento está sobretudo na prática da vontade do Pai. A oração de hoje nos faça enxergar o reto caminho que Jesus nos vem apontar, na certeza de que no momento final ele nos dirá: Ei, estou feliz de te encontrar aqui, lembro-me bem de todas as vezes em que esteve comigo quando precisei.
Marcelo Camargos – acadêmico de medicina na UFMG. Família Missionária Verbum Dei.