Conhecer a Trindade
19 de maio de 2015“Os amaste, como me amaste a mim”
21 de maio de 2015Leitura: João 17,11b-19
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: ‘Pai santo, guarda em teu nome os que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade’.
Oração:
Jesus continua sua conversa com o Pai pedindo por seus amigos. Continuo escutando Jesus e, na oração, tento ouvir o que o Pai diz ao coração de Jesus.
“Pai santo, guarda-os em teu nome os que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um.” “Sim, Filho. Meu nome é Pai. Não um pai que imita os humanos. Sou Pai, você me conhece. Pai de verdade. Eu guardarei todos os meus filhos na minha paternidade. Meus caçulas têm nosso sopro, você sabe. O amor que lhes demos fará com que se inquietem com a injustiça, que não aceitem a maldade e não tenham alegria senão no amor. O amor fará com que, cedo ou tarde, sejam um como a gente aqui em casa.”
“Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo.” “É verdade, Filho. Porém, desde que você tocou com os pés o mundo, desde que você misturou sua saliva ao pó do mundo, porque seu sangue será derramado no solo desse mundo, eu amo o mundo. É verdade que o mundo não acolherá seus irmãos, mas vamos inspirá-los na forma de caminhar no mundo, de misturar o suor deles à poeira do mundo, de deixar que a carne e os ossos deles voltem para a terra do mundo. E, aos poucos, o mundo amará…”
“Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo.” “É essa a minha ideia, Filho… que eles continuem… e que nós os ajudemos a continuar. Como você diz, nem você nem eles são do mundo, mas convém que o mundo seja de vocês… que vocês caminhem e reconstruam o mundo. Que continuem, mesmo sem entender o mistério, a construção da vida no mundo, como há muito eu comecei e quis.”
“Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo.” “Olhe para a suas próprias dificuldades, Filho. Se você as tem, imagine como será difícil a missão para eles… não entregue apenas seu corpo para ser vítima do desamor. Para que a missão continue, dê-lhes tudo… dê-lhes o que é mais precioso para você… sim, também a sua mãe… sim, até o seu Espírito. Só assim.”
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, estudante de Direito na UFMG e membro da Família Verbum Dei de BH