Senhor, serei eu? (Mt 26, 14-25)
1 de abril de 2015Inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 18,1-19,42)
3 de abril de 2015Jo 13, 1-15
Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
Nesta semana, estamos nos preparando para celebrar o momento mais importante, o ponto central da nossa fé: A Páscoa. O tríduo pascal, que começamos a celebrar a partir de hoje, é o resumo da vida de Jesus e pode ser o resumo de toda a nossa vida. Estamos o tempo todo tendo experiências de morte e ressurreição. Somos chamados, pela fé, a vivenciar o tríduo pascal no nosso cotidiano.
A passagem relata um ato de extrema humildade de Jesus. É costume da época oferecer ao hóspede água para lavar os pés da poeira do caminho. Em alguns casos, um servo ou um discípulo muito dedicado ao mestre poderiam fazê-lo. Jesus inverte completamente os papéis e chega até a escandalizar Pedro.
Lendo o texto com muita atenção e pedindo ao Senhor que seja Ele que dirija minha oração e o diálogo com Ele, o trecho que mais me marca é o seguinte: Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Esse trecho me dá uma pista de onde Jesus consegue tanta liberdade para, sendo mestre, se colocar a servir. Jesus sabia sua origem, tinha saído de Deus e para Deus retornaria. Tinha saído do Amor e ao Amor retornaria.
Por que muitas vezes nos custa tanto nos colocar a serviço? Por que nos sentimos menos ao realizar determinadas atividades? Porque não temos total consciência de nossa origem…
O Evangelho de hoje nos recorda fortemente o lema da Campanha da Fraternidade: Eu vim para servir (cf. Mc 10, 45). Que a oração de hoje possa ser um recordar a nossa missão de cristãos de seguir os passos de Jesus e dar a nossa colaboração para o Reino de Amor.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH – MG