O último jantar com os discípulos
31 de março de 2015Eu vim para servir (Jo 13, 1-15)
2 de abril de 2015Mt 26, 14-25
Naquele tempo: Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: ‘O que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?’ Jesus respondeu: ‘Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’.’ Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: ‘Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair.’ Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: ‘Senhor, será que sou eu?’ Jesus respondeu: ‘Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!’ Então Judas, o traidor, perguntou: ‘Mestre, serei eu?’ Jesus lhe respondeu: ‘Tu o dizes.’
Trinta moedas de prata, o preço de um escravo morto (Ex 21,32), foi esse o valor pelo qual Judas entregou Jesus. E por que o entregou?
Se voltarmos aos versículos anteriores veremos a passagem em que uma mulher unge a cabeça de Jesus com um perfume caríssimo. Os discípulos questionam sua atitude mas Jesus justifica a atitude da mulher. Essa mulher demonstra entender claramente o que significa viver para servir. O preço do perfume poderia ser comparado ao salário de uma vida toda. A mulher derrama toda sua vida por amor a Jesus. Judas não consegue fazer o mesmo… estava decepcionado com o Mestre. Judas esperava de Jesus uma revolução espetacular. Mas a revolução de Jesus era silenciosa, era no pequeno. Sua única arma era o amor.
Senhor, como fazer para entrar nessa sua dinâmica? Como ser revolucionária na simplicidade? Como dar ao amor a última palavra? Em que situações da minha vida tenho te entregado? Percebo que nos momentos de decepção com a vida, com a fé, com as pessoas, eu me entrego e te entrego. Desisto.
A troco de quê tenho te entregado, Senhor? A troco de quê tenho matado o amor? A troco de ter a razão em uma discussão? A troco de facilidades, da escolha do caminho mais fácil para mim, ainda que prejudique outros? A troco da não-reflexão, do discurso fácil, do repetir posicionamento de outras pessoas?
Dá-me o espírito do serviço, Senhor, ensina-me que, como você, eu vim para servir. E que essa determinação colocada em mim por você seja a força para que eu não desista diante do que é desamor, do que desarmonia, do que é desrespeito. Estar a serviço é, como você, semear sem esperar ver os resultados, é valorizar e escolher o amor acima de tudo e em qualquer situação.
Pollyanna Vieira – Família Vrbum Dei – BH – MG