Preceito de Deus ou apenas tradição? (Mc 7,1-13)
10 de fevereiro de 2015O caminho de Jesus
12 de fevereiro de 2015Mc 7, 14-23
Naquele tempo: Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: ‘Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.’ Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. Jesus lhes disse: ‘Será que nem vós compreendeis? Não entendeis que nada do que vem de fora e entra numa pessoa, pode torná-la impura, porque não entra em seu coração, mas em seu estômago e vai para o fossa?’ Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros. Ele disse: ‘O que sai do homem, isso é que o torna impuro. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem.’
Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles. (Rubem Alves)
Me chama a atenção três verbos que Jesus utiliza ao exortar a multidão: escutai, compreendei e ouça. Parecem quase sinônimos, mas percebo que não são.
Experimento que Jesus me convida a escutar de uma maneira diferente. E não só escutar a Palavra dele de uma maneira diferente. Mas escutar o outro, escutar a realidade. Senhor, dá-nos o dom de compreender, não somente o que você diz, mas o que os outros dizem. Dá-nos o dom de compreender o outro, com tudo aquilo que o outro é. Dá-nos o dom de compreendermos a nós mesmos.
Jesus afirma, e pede muita atenção à sua afirmação, que o que vem de fora não nos corrompe. Quantas vezes coloca a responsabilidade de ações minhas em outras pessoas, na influência do meio… É claro que o meio me influencia, mas não me determina. Sou eu a responsável pelo que cultivo no meu coração. Que tenho cultivado no coração? Como está o meu jardim?
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH – MG