Felizes os olhos que veem o que vós vedes! (Lc 10, 21-24)
2 de dezembro de 2014Construir a casa sobre a rocha (Mt 7, 21. 24-27)
4 de dezembro de 2014Mt 15,29-37
Naquele tempo: Jesus foi para as margens do mar da Galiléia, subiu a montanha, e sentou-se. Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel. Jesus chamou seus discípulos e disse: ‘Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho.’ Os discípulos disseram: ‘Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?’ Jesus perguntou: ‘Quantos pães tendes?’ Eles responderam: ‘Sete, e alguns peixinhos’. E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
Lendo várias vezes a passagem, tento imaginar a cena. Quem sou eu nessa multidão que se aproxima de Jesus? Que “doentes” estou levando comigo? Que doente sou eu? Tenho tido dificuldades para me movimentar na vida? Tenho tido dificuldades para enxergar acontecimentos, pessoas? O que não tenho conseguido ver? Tenho visto a dificuldade do outro ou tenho olhado só pra mim mesma? Por outro lado, tenho olhado para mim mesma, tenho visto minhas limitações minhas necessidades ou somente olho para os outros, atendo as necessidades dos outros? Que tenho tido dificuldades para falar? Que situações me deixam muda? Tenho me calado diante das injustiças?
Coloco-me aos pés de Jesus, assim como fizeram os doentes. Coloco aos pés de Jesus tudo aquilo que tem me preocupado, me feito sentir excluída, tudo aquilo que de alguma forma me faz mal. Que possamos nos colocar na presença de Deus com tudo o que somos, com nossas dores, nossas alegrias, nossas fraquezas, nossas forças.
E Jesus os curou e os alimentou… E quando a oração parece infrutífera, se torna difícil, posso ouvir do Senhor “Não saia daqui sem se alimentar! Não quero mandá-la embora com fome!” Nos deixemos alimentar por Ele na oração! Tenhamos a mesma persistência que Ele tem. Que possamos ter a fé dos excluídos que, por não terem mais a que se apegar, buscam Jesus, com a certeza de que Ele sempre se deixa encontrar.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG