“Faze com que prosperemos de novo, ó Deus! Mostra-nos a tua misericórdia, e seremos salvos”
30 de novembro de 2014Felizes os olhos que veem o que vós vedes! (Lc 10, 21-24)
2 de dezembro de 2014Mt 8, 5-11
Naquele tempo: Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: ‘Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia.’ Jesus respondeu: ‘Vou curá-lo.’ O oficial disse: ‘Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz.’ Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó.
Leio a passagem várias vezes deixando que ressoe em mim o termo, a palavra ou a frase que mais me chama a atenção. Me chamam a atenção duas coisas: a prontidão de Jesus – “Vou curá-lo” – e a confiança do oficial romano – “Dize uma palavra e meu empregado ficará curado.” Percebo que tenho dificuldades de perceber a prontidão de Jesus em minha vida. Tenho dificuldades de perceber a companhia e o consolo constante que ele me apresenta. Tenho dificuldades até mesmo de me aproximar de Jesus, como fez o oficial romano, e expor a Ele meus medos, minhas preocupações, minhas dúvidas, “meus doentes”. E por isso tenho dificuldades de confiar.
O oficial dá o primeiro passo, se aproxima do Senhor. O primeiro pedido para oração de hoje é que o Espírito Santo nos mova e nos conduza para que possamos nos achegar ao Senhor. Que saibamos apresentar a Ele a nossa súplica. Que possamos expor com simplicidade em que situação está a nossa vida hoje. Quais são meus planos e desejos? Quais são minhas inseguranças e dúvidas? Que caminhos se apresentam a mim? Como estão meus relacionamentos? O que desejo mudar? O que quero manter?
Jesus, como judeu, não poderia entrar na casa de um oficial romano, de um representante do poder estrangeiro de Roma. Mas não se atém a isso. Diz simplesmente “vou curá-lo”. Vou pessoalmente. Jesus não se prende à nossa condição, ao que somos ou deixamos de ser. Simplesmente vem pessoalmente ao nosso encontro, à nossa casa.
É interessante observar como o oficial entende e descreve o poder de Jesus. Faz isso por meio de sua experiência pessoal, de novo com muita simplicidade. Para ele todas as coisas estavam submetidas ao poder do Senhor, assim como seus empregados estavam submetidos a ele. Como posso descrever Jesus, seu poder e sua atuação, a partir do que eu sou, a partir das minhas experiências de vida? Ainda que pareça bobagem, esse exercício é capaz de nos aproximar de Deus, de deixar que ele faça parte de nossa rotina.
Que a oração de hoje possa ser de muita sinceridade e simplicidade. Amém.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte -MG