Quem perder a vida vai conservá-la
14 de novembro de 2014Enxergar de novo (Lc 18,35-43)
17 de novembro de 2014Lc 18, 1-8
Naquele tempo: Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: ‘Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: `Faze-me justiça contra o meu adversário!’ Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!” E o Senhor acrescentou: ‘Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?’
A parábola que Jesus conta descreve um percurso interessante de oração. A viúva é corajosa e insistente, mesmo sabendo que o juiz não tinha respeito nem por Deus nem por homens. E o juiz o atende por causa de sua insistência. O poder da oração vem de nos tirar da inércia. A oração nos move por dentro, e nos capacita e fortalece para interferir na realidade, para agir e modificar situações injustas. A oração nos fortalece para viver as situações que estão na nossa vida, que nos interpelam, que nos desafiam.
A viúva toma a iniciativa. Jesus aponta para a necessidade de nos adiantarmos na busca pelo diálogo e encontro com Deus.
Ao pedir, a viúva se faz consciente da sua necessidade. Se faz consciente que está sendo injustiçada. Sai da resignação fatalista e luta por seus direitos! Quando sou consciente das minhas necessidades inicio a procura para que portas se abram, para sair do comodismo, para sair da falsa aceitação da realidade.
O que Deus me dá? Atende meus pedidos magicamente, tais quais eu necessito, ou penso que necessito? Não. Deus dá o que Ele tem de melhor, o seu dom máximo, o Espírito Santo!
Que a oração de hoje seja uma busca insistente pelo rosto do Pai, pela companhia de Jesus e pelos dons do Espírito. Essa passagem já começa os explicando quais eram as intenções de Jesus: mostrar a necessidade da perseverança na oração. A oração que é momento privilegiado de diálogo com Deus, no qual podemos nos mostrar como somos e descobrir a Deus tal qual Ele é.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte-MG