Oração sem deixar de lado a ação
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17 de outubro de 2014Lc 11, 47-54
Naquele tempo, disse Jesus: Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: ‘Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar.’ Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.
No Evangelho de hoje, Jesus continua nos chamando a atenção para a prática dos fariseus, de falarem uma coisa e fazerem outra, de se preocuparem com superficialidades e deixarem de lado o essencial. Cumpriam todos os preceitos da lei mas não se deixavam solidarizar com os mais pobres, mais necessitados, com os que mais sofrem. Sem a caridade e o Amor, as práticas externas se esvaziam de sentido.
Me chama a atenção quando Jesus diz: Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar. Muitas vezes não fazemos por falta de generosidade e, por inveja, não deixamos que outros façam.
Que tipo de espiritualidade estamos vivendo? Espiritualidade de exterioridades, de preconceitos, de intolerâncias? Ou a espiritualidade de quem se deixa interpelar por Deus, de quem não teme ouvir dEle a verdade, que é sempre dita com Amor? Deixemos que Jesus, com todo seu carinho, nos questione hoje. Por onde deve passar nossa espiritualidade? A que ações concretas deve nos levar? Que opções de vida tenho que fazer para usar as chaves que tenho, as chaves da fé, da inteligência, das capacidades que Deus me dá, para entrar no mundo do bem viver e deixar que entrem também meus companheiros de caminho?
Que a oração de hoje nos ajude a listar, concretamente, que eu, na minha realidade posso fazer para colaborar com a plenitude do Reino, com a plenitude do Amor.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte-MG