Eu vos darei descanso (Mt 11, 25-30)
27 de junho de 2014Na barca de Jesus (Mt 8, 23-27)
1 de julho de 2014Lc 2, 41-51
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, tua procura”. Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.
Jesus atinge a idade em que passa a assumir suas responsabilidades legais e começa a se tornar independente em relação aos pais. A filiação humana de Jesus, a sua ligação com José e Maria, passa a ser relativizada pela sua relação filial com o Pai.
Podemos tentar imaginar os sentimentos de Jesus, sua curiosidade. Que perguntas Ele fazia para os mestres? Que respostas dava a eles? Podemos também tentar imaginar os sentimentos angustiantes de José e Maria em busca do filho. Que humildade tiveram que ter para ouvir o que ouviram de Jesus: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
A parte que me chama mais atenção, e é por onde tento tecer diálogo com Deus, é o desfecho da passagem. Diz que Maria e José não compreenderam as palavras de Jesus. E que Maria, mesmo sem compreender, conservava tudo no coração. Por outro lado Jesus, que parecia um adolescente rebelde ao responder os pais, volta com eles para Nazaré, se submete novamente.
Senhor, quais são as coisas que você me diz, pelos acontecimentos e por meio da Bíblia, que ainda não entendo? O que faço com essas coisas? Me revolto? Esqueço? Ou, como Maria, guardo docemente no coração? Senhor, quais são as circunstâncias em que preciso assumir responsabilidades, preciso crescer? Quais são os nós e laços que me prendem hoje? Sei, como Jesus, romper nós que amarram e aprisionam e ao mesmo tempo me submeter aos laços que preciso manter?
Que Maria nos acompanhe nesta oração para que seja oportunidade de encontro com Deus e chance de guardar muitas coisas boas, ainda que incompreensíveis, no coração.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH-MG