Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5, 1-12a)
9 de junho de 2014O fruto da entrega é a paz (Mt 10,7-13)
11 de junho de 2014Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada, e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus.
Leio a passagem várias vezes. Tento imaginar como era o local em que Jesus estava reunido com seus discípulos. Era o mesmo local em que Jesus havia dado diversos conselhos. O trecho está inserido dentro do que conhecemos como “sermão da montanha”. É a continuação dos conselhos que apreciamos na liturgia de ontem.
Jesus compara os seus interlocutores com o sal e com a luz. O sal tem o poder de conservar e dar sabor aos alimentos. Realça o sabor. Mas quando se torna insosso, perde o valor. Quando é que me torno insossa? Quando é que perco o sabor, o gosto, a originalidade? Que situações têm tirado a minha capacidade de dar vida aos ambientes em que estou? Quando é que perco o equilíbrio e “salgo” demais os ambientes? O sal deve vir na medida para que cumpra o seu papel. É preciso ter humildade par ser sal. O sal não altera o sabor do alimento, mas realça o seu melhor sabor. Nas relações, tenho tentado tirar o melhor do outro? Tenho deixado que saia o melhor de mim?
O chamado a ser luz do mundo, embora possa parecer o contrário, também é um chamado à humildade: Que assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem vosso Pai que está nos céus. As minhas boas obras não servem para mostrar a minha grandeza, mas a grandeza de Deus. E por quê? Por que não posso ser eu mesma a protagonista das minhas boas obras? Por que não posso eu levar os louros e as glórias? Porque o que alimenta o coração das pessoas é perceber que as virtudes estão disponíveis para todos, não são privilégio de alguns. Alimenta a alma perceber que a bondade de um ser humano revela uma bondade muito maior! E reconhecer isso, faz crescer a esperança.
Que bom se olhassem para cada um de nós e reconhecessem a existência de um Amor muito maior!
Pollyanna Vieira- Família Missionária Verbum Dei – BH – MG