Entre nós está e não O conhecemos
10 de março de 2014Que sinais espero de Deus?
12 de março de 2014Mt. 6,7-15
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. Vós deveis rezar assim: Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes.
Comecemos a nossa leitura orante com a certeza que vem nos trazer a primeira leitura (Is. 55,10-11):
Isto diz o Senhor: assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la.
É Deus mesmo que nos dá a certeza de que a Palavra gerará frutos em nossa vida. A certeza de que não sairemos iguais desta oração, desde que nos deixemos empapar pela Palavra.
No Evangelho de Hoje, Jesus quer nos ensinar a orar, a fazer nossa oração pessoal, na simplicidade. Nos dá a certeza de que não são necessárias muitas palavras.
Jesus revela aos discípulos uma trilha a seguir nas orações diárias. Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Poder chamar Deus de Pai. Reconhecer a cada oração a presença paternal/maternal do Pai que nos abraça, nos acolhe, nos protege, nos sustenta. Por que o nome de Deus deve ser santificado em minha vida? Que maravilhas experimento? Que coisas me rodeiam que me ajudam a reconhecer a presença de Deus?
Venha o teu Reino. Senhor o que devo fazer no dia de hoje para colaborar na construção do Reino? Como tenho que me relacionar, trabalhar, estudar para que o teu Reino seja real no meu dia-a-dia?
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. De que pão eu preciso hoje, Senhor? Dá-me o pão do amor, o pão da compreensão, o pão da harmonia, o pão do autocontrole. Que a cada dia eu me faça consciente das minhas necessidades e consiga manifestá-las a Deus.
Perdoa as nossas ofensas. Senhor, que tenho feito que tem me distanciado de você, de mim mesma e dos meus companheiros de caminho? Por tudo isso, te peço perdão. E que recebendo o teu perdão eu possa também perdoar a quem me tem ofendido. Quem são meus devedores? É importante ser consciente das mágoas que sofremos, das ofensas. Não para guardar rancor, muito pelo contrário. Ser consciente da dor que o outro me causou me ajuda a passar mais rapidamente por ela e a ser capaz de oferecer o perdão.
Não nos deixes cair em tentação. Quais são as “armadilhas” do meu cotidiano? Quais são as coisas, atitudes, posturas, situações que não me deixam desfrutar plenamente da vida, que me separam do outro, de mim mesma e do Senhor? O que me atrapalha a construir o Reino nos ambientes em que estou?
Que essa oração possa ser transformadora, que ela ocorra no oculto, onde só estamos eu e Deus.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH – MG